Divulgamos o ebook com todos os poemas participantes na 10.ª edição do concurso Pequenos Grandes Poetas, uma iniciativa promovida pelo Município de Barcelos, através da Biblioteca Municipal e da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares. Neste livro digital encontramos também a identificação dos vencedores e participantes na modalidade de declamação.
Agradecemos à Biblioteca Municipal de Barcelos esta partilha!
Ao longo do ano, várias iniciativas promovidas pela Biblioteca Escolar António ferraz, em articulação com o Departamento de Língua Portuguesa e Formação Pessoal, incentivaram a escrita criativa.
O lugar da poesia é o espaço que acolhe e divulga os textos poéticos criados pelos nossos alunos.
Vivemos hoje, dia 13 de junho, momentos de verdadeira "Felicidade" na Biblioteca Escolar António Ferraz. A poesia de Jorge Filipe Cruz saiu das páginas escritas e fez-se ouvir pela voz de alunos e professores da Escola Secundária de Barcelinhos, iluminadas pelo som do piano do aluno Dinis Carvalho. O espaço encheu-se de palavras que ecoaram "No sentir, da energia, de um abraço fraterno", tal como nos diz o poema "A cor invisível".
Espreitem os melhores momentos da sessão de apresentação do livro "Felicidade", editado pela Cordel d' Prata.
Que bonito foi ver a Biblioteca cheia de alunos e professores reunidos em torno da poesia!
No dia 13 de junho, pelas 10.05h, estaremos a conversar com Jorge Filipe Cruz, autor do livro de poesia intitulado Felicidade, recém publicado pela editora Cordel d' Prata, numa animada sessão que contará com alunos e professores da Escola Secundária de Barcelinhos.
A "felicidade" será redobrada, já que aproximaremos os nossos alunos da poesia e partilharemos momentos de beleza e emoção com o nosso colega Jorge Cruz.
Decorreu no dia 12 de maio, na Biblioteca Municipal de Barcelos, a final do concursoPequenos Grandes Poetas, promovido pelo Município de Barcelos, através da Biblioteca Municipal e da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares. Foi uma noite inesquecível com prestações memoráveis dos muitos alunos do concelho.
A Escola Secundária de Barcelinhos foi magnificamente representada, na modalidade de poema inédito, com os poemas "Ser humano", da autoria de Carolina Gomes, aluna do 8.º B, e "Eu sempre falei com paredes", da autoria de Vitor Laypold Aguiar, aluno do 10.º ano do Curso Profissional de Informática de Gestão, que ganhou o prémio de melhor poema do Ensino Secundário do concelho de Barcelos.
Na modalidade de declamação, as alunas Carolina Gomes e Francisca Faria, do 8.ºB, ofereceram-nos uma extraordinária interpretação do poema "Inês e Pedro: quarenta anos depois", de Ana Luísa Amaral.
Partilhamos orgulhosamente o poema vencedor da autoria de Vitor Laypold Aguiar:
Eu sempre falei com paredes
Desde pequeno, sempre falei com paredes. Sempre lhes contava os meus pequenos prazeres. Mas, como eram rígidas e ocupadas, nunca me davam ouvidos… E diziam-me sempre a mesma frase "Agora, não posso!" Eu, como criança, fiquei a pensar: “Será que algum dia numa parede me irei tornar?” Pensamentos invasivos entravam e saíam da minha mente E mais um pensamento vago passou à minha frente: “E se grande eu pudesse ser, para assim a minha insignificância desaparecer?” Tornar-me-ia visível aos olhos daqueles que me veem como algo invisível.
Em breve, publicaremos todos os poemas a concurso criados pelos alunos da nossa escola!
Parabenizamos o Vitor pela sua vitória e a Carolina e a Francisca pela excelente declamação!
A sessão V do Clube de Leitura do 11.ºE foi dedicada à poesia. Os alunos levaram consigo um livro e um poeta, de entre as muitas propostas da Biblioteca Escolar, e deixaram-se seduzir por um poema que aqui partilham, no Dia Mundial da Poesia.
Ouçamos!
"Chão", in Há prendisajens com xão, de Ondjaki
(por Tiago Faria)
"Hope is a thing", in Hope is a thing with feathers, de Emily Dickinson
(por Letícia Costa)
"Gato", in Abandono vigiado, de Alexandre O'Neill
(por Nuno Lemos)
"Suspiro d'alma", in Folhas caídas, de Almeida Garrett
(por Andreia Cruz)
"Destino", in Raiz de orvalho e outros poemas, de Mia Couto
(por Rafaela Carvalho)
"Esperança", in Antologia poética, de Miguel Torga
(por Luísa Silva)
"Uma das coisas que aprendi...", in O poeta nu, de Jorge Sousa Braga
(por Joana Sobral)
"As pessoas sensíveis", in Livro sexto, de Sophia de Mello Breyner Andresen
(por David Pombo)
"Noite fechada | O sentimento de um ocidental", in O livro de Cesário Verde, de Cesário Verde
(por Inês Ferreira)
"Poema", in Cabo da Boa Esperança, de Sebastião da Gama
(por Ana Rodrigues)
"Mar português", in Mensagem, de Fernando Pessoa
(por João Sampaio)
"Flor de Ventura", in Folhas caídas, de Almeida Garrett
(por Ana Barbosa)
"Estou sozinho...", in A criança em ruínas, de José Luís Peixoto
(por Inês Ferreira)
"O mundo acaba sempre por fazer o que sonharam os poetas."
A vez que tive mais idade foi aos cinco anos. Meu pai, com solenidade que eu desconhecia, perante seus superiores hierárquicos, apontou e disse: — Este é meu filho! E deu-me a mão coroando-me rei.
Mia Couto, in Poemas escolhidos, Companhia das Letras (2016)
O programa Escola a ler continua a implementar-se na Biblioteca Escolar António Ferraz, em articulação com o Departamento de Língua Portuguesa e Formação Pessoal. Dez turmas do 3.º ciclo e do ensino secundário estiveram na Biblioteca Escolar, acompanhadas pelos seus professores de Português, para uma viagem de descoberta da poesia contemporânea. Desta forma se contribui para a leitura orientada na sala de aula, motivando, proporcionando experiências de ouvir e de dizer poesia, compreendendo, também, que a leitura em voz alta pode emocionar e abrir caminhos até quem nos ouve.
No dia 8 de março, os docentes e não docentes da Escola Secundária de Barcelinhos reuniram-se, na Biblioteca Escolar António Ferraz, para um saudável convívio no qual se deu voz aos poetas que homenagearam a mulher. A palavra dita e a música proporcionaram a todos maravilhosos momentos de partilha que fortaleceram ainda mais os laços da nossa comunidade educativa.
O trabalho de equipa na nossa Escola resulta sempre em beleza!
As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos - digo, As mulheres - ainda que as casas apresentem os telhados inclinados Ao peso dos pássaros que se abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas Transformam-se em escadas
Muitas mulheres transformam-se em paisagens Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram Nos ramos - no pescoço das mães - ainda que as árvores irradiem Cheias de rebentos
As mulheres aspiram para dentro E geram continuamente. Transformam-se em pomares. Elas arrumam a casa Elas põem a mesa Ao redor do coração.
Daniel Faria, in Homens que são como lugares mal situados (1998)