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Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Oficina de ilustração poética

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No dia 21 de março, o Clube Ciência Viva, o Clube Eco-escolas e a Biblioteca Escolar António Ferraz convidaram a ilustradora Joana de Rosa para dinamizar uma oficina de ilustração comemorativa do Dia Mundial da Árvore e do Dia Mundial da Poesia. Nesta sessão, os alunos do 8.º B, 11.º C e 11.º TR que integram estes clubes puderam conhecer melhor todo o processo implicado na ilustração de um livro, assim como as diferentes técnicas utilizadas. Depois, receberam o desafio de interpretarem o poema "As árvores e os livros", de Jorge Sousa Braga, que integra a obra Herbário, recriando uma das técnicas utilizadas pela artista. O espaço da biblioteca escolar encheu-se de materiais prontos a ser reutilizados e quase não conteve tanta criatividade!

Vejam como tudo se passou:

Dia Mundial da Árvore

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Hoje é o Dia Mundial da Árvore!

O Dia Mundial da Árvore (“Arbor Day”) começou a ser comemorado no dia 10 de abril de 1872, no estado norte-americano do Nebraska. O seu mentor foi o jornalista e político Julius Sterling Morton, que incentivou a plantação ordenada de árvores naquele Estado.

Atualmente, o Dia Internacional das Florestas pretende promover a consciencialização pública sobre a importância da preservação das florestas. Esta iniciativa foi aprovada pela Assembleia Geral das Naçoes Unidas com o objetivo de preservar as florestas e seus recursos essenciais ao combate à mudança climática e à subsistência das populações.

As florestas têm um papel importante na redução da pobreza e no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, e a preservação da sua sustentabilidade contribuem para o equilíbrio dos diversos ecossistemas que nela coexistem.

Desde o ano passado que a ONU celebra a Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas, a decorrer até 2030 e que visa apelar para a proteção e revitalização de todos os ecossistemas.

No dia 21 de março, Dia Mundial da Árvore, os alunos da Escola Secundária de Barcelinhos escolheram algumas das suas árvores preferidas e associaram-nas a um texto ou frase, comemorando, também, o Dia Mundial da Poesia. 

Clube Ciência Viva | Clube Eco-escola

Dia Mundial da Poesia - Clube de Leitura

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A sessão V do Clube de Leitura do 11.ºE foi dedicada à poesia. Os alunos levaram consigo um livro e um poeta, de entre as muitas propostas da Biblioteca Escolar, e deixaram-se seduzir por um poema que aqui partilham, no Dia Mundial da Poesia.

Ouçamos!

"Chão", in Há prendisajens com xão, de Ondjaki

(por Tiago Faria)

"Hope is a thing", in Hope is a thing with feathers, de Emily Dickinson
(por Letícia Costa)

"Gato", in Abandono vigiado, de Alexandre O'Neill
(por Nuno Lemos)

"Suspiro d'alma", in Folhas caídas, de Almeida Garrett
(por Andreia Cruz)

"Destino", in Raiz de orvalho e outros poemas, de Mia Couto
(por Rafaela Carvalho)

"Esperança", in Antologia poética, de Miguel Torga
(por Luísa Silva)

"Uma das coisas que aprendi...", in O poeta nu, de Jorge Sousa Braga
(por Joana Sobral)

"As pessoas sensíveis", in Livro sexto, de Sophia de Mello Breyner Andresen
(por David Pombo)

"Noite fechada | O sentimento de um ocidental", in O livro de Cesário Verde, de Cesário Verde
(por Inês Ferreira)

"Poema", in Cabo da Boa Esperança, de Sebastião da Gama
(por Ana Rodrigues)

"Mar português", in Mensagem, de Fernando Pessoa
(por João Sampaio)

"Flor de Ventura", in Folhas caídas, de Almeida Garrett
(por Ana Barbosa)

"Estou sozinho...", in A criança em ruínas, de José Luís Peixoto
(por Inês Ferreira)

"O mundo acaba sempre por fazer o que sonharam os poetas."
(Agostinho da Silva)

Dia Mundial da Poesia

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Biblioteca Escolar António Ferraz | Clube Ciência Viva | Clube Eco-escolas

As árvores e os livros

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Jorge Sousa Braga, in Herbário, Assírio & Alvim, 1999.

Poema dito por Gonçalo Pereira - 11.º C

Biblioteca António Ferraz · As árvores e os livros

Dia Mundial da Poesia, da Árvore e da Floresta

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 FLORESTAS – UMA RIQUEZA A PROTEGER DOS INCÊNDIOS

No dia 21 de março, a turma B do sétimo ano organizou uma atividade subordinada ao tema: Florestas – uma riqueza a proteger dos incêndios. Os alunos apresentaram, na biblioteca escolar António Ferraz, o projeto que desenvolveram, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

O grande objetivo do projeto foi aumentar o conhecimento sobre a floresta e sobre um problema nacional que a afeta e coloca em risco – os incêndios.

O dia foi selecionado para, simultaneamente, comemorar o Dia Mundial da Árvore, o Dia Mundial da Floresta e o Dia Mundial da Poesia.

A turma preparou uma pequena exposição com os trabalhos elaborados, apresentou uma palestra sobre a temática e promoveu um jogo didático onde participaram todos os alunos do sétimo ano de escolaridade. Desta forma, os alunos procuraram compreender melhor a realidade, sensibilizar os colegas para esta problemática para terem agora e no futuro capacidade de agir e intervir, corretamente.

Seguiu-se o hasteamento da bandeira da Ecoescolas  e a plantação de uma árvore no espaço exterior.

 

 

...

Dia Mundial da Poesia.


A Poesia saiu à rua!



A Escola Secundária de Barcelinhos viveu a Poesia intensamente. 
Em todos os intervalos, ao longo do dia, a Rádio Escola transmitiu  poesia que ecoou por toda a escola.



















Um grupo de alunos, acompanhado por professores, deslocou-se ao Centro de Dia de Barcelinhos e levou a  poesia aos  idosos. 
 Eugénio de Andrade, Florbela Espanca, Sophia, Fernando Pessoa, Alexandre O'Neill, António Pina, António Nobre, José Luís Peixoto, entre outros, fizeram companhia a todos os presentes. Por fim, a Professora Noelma Viegas leu "Carta para Josefa, minha Avó, de José Saramago, criando um ambiente nostálgico e um silêncio ensurdecedor quer na plateia quer nos nossos jovens alunos. 













E, para encerrar a sessão, uma das utentes do Centro declamou um poema da sua autoria, não se tratasse de uma poetisa de mão cheia!




Chegados à escola, foi a vez da Poesia entrar na Biblioteca, desta vez para um grupo de formandos que ali se encontrava em formação.











Dia Mundial da Poesia

Dia Mundial da Poesia.

 
 
A Poesia saiu à rua!
 
 
 
A Escola Secundária de Barcelinhos viveu a Poesia intensamente. 
Em todos os intervalos, ao longo do dia, a Rádio Escola transmitiu  poesia que ecoou por toda a escola.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
Um grupo de alunos, acompanhado por professores, deslocou-se ao Centro de Dia de Barcelinhos e levou a  poesia aos  idosos. 
 Eugénio de Andrade, Florbela Espanca, Sophia, Fernando Pessoa, Alexandre O'Neill, António Pina, António Nobre, José Luís Peixoto, entre outros, fizeram companhia a todos os presentes. Por fim, a Professora Noelma Viegas leu "Carta para Josefa, minha Avó, de José Saramago, criando um ambiente nostálgico e um silêncio ensurdecedor quer na plateia quer nos nossos jovens alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E, para encerrar a sessão, uma das utentes do Centro declamou um poema da sua autoria, não se tratasse de uma poetisa de mão cheia!
 




Chegados à escola, foi a vez da Poesia entrar na Biblioteca, desta vez para um grupo de formandos que ali se encontrava em formação.
 
 





 

 

 
 
 
 

O que é a poesia?


Poesia não é sentimento, é linguagem. Não é experiência vivida, éexperiência de linguagem. Ela não se faz com sentimentos, nem também comideias, mas com palavras, apenas com palavras. Tudo o que a poesia dá a sentir,tudo o que ela dá a pensar, forma-se nas palavras da poesia e não é sensível nempensável fora delas. A poesia é criação, e criação com palavras, mas a criaçãopoética consiste em dar forma num dizer a qualquer coisa que excede todo odizer, em fazer ver num dizer o que, no ser, não é dizível. A experiênciapoética da linguagem é pois experiência de superação da linguagem através daprópria linguagem, experiência de auto-superação da linguagem. A poesia exploraas potencialidades da linguagem, ou de uma língua, mas para a levar a um limiteem que o seu poder coincide com a sua impotência. A poesia, a linguagem propriamentepoética, tece-se nesse limite, nesse ponto de coincidência do poder e daimpotência de dizer, o que equivale a afirmar que não há poesia sem um combatecom a linguagem que é um combate desta consigo mesma, uma violentação das suaspossibilidades. Não há poesia sem uma violência feita à linguagem, a criaçãopoética é essa violência que força a linguagem, ou a língua-mãe do poeta, aabrir-se para um indizível, para um Fora dela, mas um fora que só existe, ou quesó é acessível, a partir de dentro, da linguagem mesma, e como o seu limite.Dito de outro modo, a poesia consiste em inventar na língua uma nova língua,uma heterolíngua poética, que faça a língua atingir o seu limite, que ponhatoda a língua «fora de si», em transe, suspensa sobre um além ou um aquém dela,sobre um silêncio povoado de visões ou sensações que é todavia um silêncio daprópria linguagem, um silêncio só possível na e pela linguagem. A poesia faz-seno «meio» ou na matéria de uma língua, com as palavras de uma língua, mas porela desviadas da sua significação referencial, das propriedades sintáticas dalíngua, da função comunicativa (a poesia não comunica, nada tem a comunicar,nenhum dado, ela é descomunicação, «voz do silêncio» como dizia Malraux de todaa expressão artística). Ela faz-se com as palavras práticas da linguagemquotidiana, mas para as recombinar segundo outras regras e assim constituir,por desvio criativo, uma «outra» língua, uma língua de imagens, uma estranhalíngua pictural. Para criar com elas, com o seu jogo combinatório alógico em«sintaxes de exceção-", com as suas surpreendentes aproximações eafastamentos decorrentes desse jogo, as suas consonâncias e dissonânciasrítmicas e semânticas, sentidos que não são já significações mas visões, «vidências»na aceção rimbaldiana, efeitos extra-linguísticas: uma transcendência luminosadas palavras, palavras alucinadas, palavras-luz. Ou seja. A poesia violenta a linguagem,as suas funções, a sua organização, para a tornar apta para um silêncio sóaudível porém através da linguagem, para a fazer dizer o silêncio, para atransformar, no limite, em silêncio. Na bela formulação de Ruy Belo, poeta équem «encontrou ou procurou na linguagem um contorno para o silêncio que há novento, no mar, nos campos».
 Sousa Dias, O que é a poesia