Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Encontro com... Mário Carvalho

IMG_1600.JPG

No âmbito da Feira do Livro, a Biblioteca da Escola Secundária de Barcelinhos, com um programa direcionada para a importância da leitura e do livro, apresentou “O Tesouro da Sé de Braga”, livro que se insere no género infantojuvenil.

Foi ao som das palavras do poema “A Chuva” e dos acordes do violino que o autor, Mário Carvalho e a ilustradora, Patrícia Ferreira, foram recebidos na Biblioteca António Ferraz.

A atividade profissional uniu os autores e a escrita fez com que se (re)encontrassem.

O autor do livro “O Tesouro da Sé de Braga”, Mário Carvalho (ex-aluno desta escola), num discurso e tom apropriados à plateia fez, de forma apelativa, uma descrição da história, tendo suscitado a curiosidade, evidenciada com   inúmeras perguntas por parte dos presentes, às quais o autor respondeu com entusiasmo e admiração pelo interesse demonstrado.   A ilustradora, Patrícia Ferreira, com o seu jeito descontraído, encantou os alunos e professores presentes que, curiosos, ouviam atentos a explicação do processo de criação das ilustrações.

A forma apelativa, descontraída e empática com que o livro foi apresentado, despertou nos alunos a vontade de ler a história que tem como palco a Sé de Braga e o roubo da Cruz do Brasil de uma das salas do Tesouro da Sé.

O livro “O Tesouro da Sé de Braga” integra o PLL de Braga – Plano Local de Leitura.

No final, alunos e professores puderam adquirir e ver autografados o livro.

Poema

É da chuva
Abrem-se as janelas ensonadas,
Lê-se a sina no céu,
Anunciam as nuvens encharcadas:
Vai cair como um véu.

E, de chuço na asa,
Navegando incógnitos na turba,
Vamos à vida, que se atrasa,
É da chuva, é da chuva.

A milenar cidade escurece
Mergulhada num breu de tristeza,
Que até a alma arrefece,
É da chuva, de certeza.

Está Braga de cara fechada
E encharcada por dentro,
Vertendo lágrimas na calçada,
Das ruas mudas do centro.

Também o ofício emperra,
Sonolento e desconsolado,
Falta-lhe sangue na guelra,
Porque chove pesado.

Tardou o toque de saída,
Mas não esquece o varetas,
E, em passo de corrida,
Vamos saltando valetas.

Batemos a porta da rua,
Mudamos a roupa que pesa,
Mas até a janta amua,
Foi a chuva, de certeza!   

Mário Carvalho

12 de novembro de 2019

Chuva.jpg

Ilustração, Patrícia Ferreira