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Poema vencedor do concurso Pequenos Grandes Poetas
Foi com prazer e entusiasmo que os nossos alunos participaram, uma vez mais, no concurso concelhio "Pequenos Grandes Poetas", concurso que encerrou mais uma edição da Semana Concelhia da Leitura, em Barcelos.
Este ano foram participantes os alunos: Isabel Maria Martins Miranda e Inês da Costa Ferreira, do 8º ano que declamaram o Poema de Alexandre O'Neill "Há Palavras que nos Beijam”. Tiago Miguel Carvalho Costa, do 12º ano, vibrou ao recitar "Vem ao Baile", Alexandre O'Neill.
Na modalidade de poema original, foram apresentados a concurso os poemas "Cor" da autoria de Maurício Vale, do 8º ano e "Porque me torna em nada", da autora Cláudia Catarina Oliveira Fernandes, do 12º A, poema vencedor na categoria do secundário.
Parabéns aos nossos alunos que, novamente, contribuíram para que a nossa escola se afirme como uma escola de talentos!
Um agradecimento especial à Cláudia Fernandes pelo seu brilhante poema que deixamos aqui.!
Este ano foram participantes os alunos: Isabel Maria Martins Miranda e Inês da Costa Ferreira, do 8º ano que declamaram o Poema de Alexandre O'Neill "Há Palavras que nos Beijam”. Tiago Miguel Carvalho Costa, do 12º ano, vibrou ao recitar "Vem ao Baile", Alexandre O'Neill.
Na modalidade de poema original, foram apresentados a concurso os poemas "Cor" da autoria de Maurício Vale, do 8º ano e "Porque me torna em nada", da autora Cláudia Catarina Oliveira Fernandes, do 12º A, poema vencedor na categoria do secundário.
Parabéns aos nossos alunos que, novamente, contribuíram para que a nossa escola se afirme como uma escola de talentos!
Um agradecimento especial à Cláudia Fernandes pelo seu brilhante poema que deixamos aqui.!
Porque me torna em nada
Porque tanto querer ser
Me torna em nada...
Fugitiva à pressa sem procurar
Numa rua, vestida e nua, onde agora
Me compreendo cansada.
O ruído das máquinas ensurdece-me
E o latir do cão, ao fundo, esmorece
Numa simbiose claramente vulgar.
Afinal, por que havia de ser diferente?
Percorro deambulando a rua de sempre
Num frenético anseio de mudança e até...
Nada se alterou...
Agora, sinto a vida correr-me nas veias,
Que a alma, essa, afigura não se importar...
Fraqueja, cansada de vivências,
Que em nada serão mais que aparências,
Em que apenas convém acreditar...
No fundo, cansa-se do que me cansa a mim...
É, é simplesmente revolta o que me cria assim!
Talvez eu devesse silenciosamente calá-la,
Talvez, se o fizesse, fosse simplesmente feliz...
Mas são estes talvez que me enfurecem!
São estes talvez que me rastejam aqui!
Grita corpo quente o que te ferve!
Grite alma veloz os teus medos!
Mostra que algures algo te elucida
E que não és nada nem efémera!
Enfim, por momentos sou eu!
Ecoam na rua desesperos castos,
Lamentações de um outro tempo, mais limpo,
Enquanto varem egoísmos e avareza
Os degraus entapetados do office em frente...
Corpos de preto aproximam-se vaidosos
Com a real humildade que dizem possuir,
Embora já não a possuam,
E as autoridades banem, ironicamente, erros comuns
Pela honra e pela justiça...
Nós somos só nós, infetados pela rua!
E é isto...
E é esta apatia que toma conta de mim...
E é esta falta de vontade que me cansa,
Que me excede, que me faz ser nada
Onde, enigmaticamente, há tudo!
Que me faz fugir, mas também me agarra!
Cláudia Fernandes