Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

"O grande crime", história criada nas Histórias Cosidas 2018/2019.

Leituras cosidas1.JPG

https://issuu.com/antoniofernandes4/docs/o_grande_crime.docx

Numa certa manhã de inverno, dias antes do Natal, a Ana acorda e decide comprar as prendas para os seus filhos, Miguel e Paula.

Colocou as suas coisas no carro e disse aos seus filhos:

- Entrem no carro e coloquem os cintos!!

Os filhos responderam:

- Está bem, mãe. Vamos já!

À chegada ao parque de estacionamento, a Ana estaciona e diz aos filhos:

- Fiquem no carro que eu volto já. Não vou demorar muito.

A Ana dirige-se ao elevador e quando lá chega vai em direção ao seu negócio, uma loja de roupa, muito frequentada e onde ela investiu muito dinheiro.

A caminho da sua loja é assaltada e levam-lhe o dinheiro que tinha para pagar as suas contas do mês; era o único dinheiro que lhe restava.

Uma senhora africana, chamada Taty Mukama, estava a passar junto da Ana, com a sua filha, Tita, de dois anos. Foi considerada a principal suspeita, porque no momento ficou parada a observar o assalto.

Quando reparou que estavam a olhar para ela, começou a fugir com a sua filha, porque ela, sabendo que tinha entrado no país ilegalmente, pensou por momentos que podiam ter descoberto.

No meio da confusão, Taty Mukama foi apanhada e detida naquele preciso momento.

Foi levada para a esquadra da polícia, em Góios. Nesse mesmo dia, foi interrogada pelos detetives, tendo negado tudo.

Passou a noite na esquadra a aguardar pelo julgamento, que seria no dia seguinte.

Quando chegou ao tribunal, o juiz perguntou:

- Foi você que assaltou a senhora Ana?

E ela respondeu:

- Eu só falo na presença do meu advogado.

Então chamaram um advogado. Ficou encarregue da defesa de Taty.

Quando o advogado chegou, disse-lhe:

- Explique-me a sua situação, senhora Taty Mukama.

Ela explicou tudo o que aconteceu muito pormenorizadamente. Ao fim de tudo explicado, começou o julgamento.

Quase no final do julgamento, o juiz termina dizendo:

- Senhora Taty Mukama, a senhora é a culpada.

A pena será a prisão durante treze anos e a filha será retirada e enviada para uma instituição.

Passados os treze anos, Taty Mukama sai da cadeia.

Nesse mesmo dia, foi à instituição para onde a sua filha tinha sido levada.

Quando lá chegou, perguntou:

- Estou à procura de uma menina que por esta altura, tem quinze anos. Na altura em que cá foi deixada tinha dois anos.

- Mas, como é que a menina se chama? – perguntou a funcionária.

- Chama-se Tita Mukama. – respondeu ela.

A senhora respondeu:

- Ah! Lembro-me dela. Mas, infelizmente, a menina já foi adotada há muitos anos por um casal português muito rico que emigrou para Londres.

Taty Mukama saiu logo da instituição com lágrimas nos olhos.

Quando, mais tarde, passa numa ponte, decide suicidar-se.

Antes de cumprir o seu objetivo, diz:

- Nunca devia ter desistido de provar a minha inocência para nunca perder a minha filha. Só de pensar que a não volto a ver, deixo de ter razões para viver.

"Amizade", história criada nas Histórias Cosidas 2018/2019.

Leituras cosidas2.JPG

https://issuu.com/antoniofernandes4/docs/amizade.docx/a/115342

Era uma vez um jovem chamado Carlos Ribeiro. Estudava numa Universidade, mas tirava más notas; dormia nas aulas, pois deitava-se tarde devido ao seu vício nos jogos online.

Na Universidade nenhum professor ligava ao facto de Carlos dormir nas aulas, exceto o seu professor de História. Chamava-se Pedro Veloso; era um homem alto e bem constituído. Tinha quarenta e cinco anos, era casado e tinha uma filha.

Como não era a primeira vez que o Carlos dormia nas suas aulas de História, o professor Pedro pediu para que não saísse da sala quando tocasse, pois queria falar com ele. E assim foi. Quando tocou, o Carlos continuou sentado na sua mesa, à espera que o professor fosse à sua beira. Depois de todos os colegas saírem, o professor foi ter com o Carlos e perguntou:

- Eu vou ser direto. Por que motivo dormes nas aulas?

- Mas, … desculpe. Eu nunca mais adormeço nas aulas!

- Eu não te disse para me pedires desculpa – exclamou o professor. – Perguntei por que dormes nas aulas!

- Pronto, eu conto a verdade. Adormeço nas aulas, porque passo a noite toda a jogar online. Já tentei parar de jogar, mas não consigo! Ajude-me professor, porque já não sei o que fazer!

- Quando é que começaste a ficar viciado nos jogos online? – interrogou o professor, preocupado.

- Eu já jogava há muito tempo, mas quando comecei a ficar a noite toda acordado foi no primeiro período.

- Então, estando nós já no segundo período, tu tens passado todas as noites a jogar no computador?

- Sim.

- Mas, a tua visão está boa? Como passas tanto tempo no computador!

- Eu acho que está tudo bem! – concluiu o Carlos.

- Vou falar com os teus pais e levo-te a um médico para tentar tirar-te desse vício, mas não te esqueças que a força de vontade para acabar com isto vem de ti. Também te vou ajudar a estudar para o teste de História, pois está próximo.

- Está bem! – respondeu o Carlos, feliz por ter a grande ajuda do professor.

E assim foi. O professor Pedro falou com os pais do Carlos e marcaram uma consulta na psicóloga. O Carlos começou a sair mais tarde da Universidade, pois o professor estava a ajudá-lo a estudar.

Passados alguns dias, o Carlos foi à consulta e quando voltou à Universidade, foi ter com o professor e exclamou:

- Obrigado, professor, por tudo o que tem feito por mim! Eu sei que, para já, só tive uma consulta na psicóloga, mas foi muito agradável. Também gostaria de agradecer a ajuda a estudar para o teste de História.

- De nada, e não te esqueças que amanhã é o teste, por isso revê a matéria e vais ver que tiras boa nota.

- Obrigado por tudo. Não sei como lhe posso agradecer.

- Vai para casa, estuda um bocadinho e depois descansas.

- Até amanhã!

- Até amanhã.

No dia seguinte o Carlos foi para a Universidade muito nervoso. Quando recebeu o teste, o professor Pedro sussurrou-lhe ao ouvido:

- Tem calma, vais ver que vai correr tudo bem.

Ao ouvir estas palavras, o Carlos tentou acalmar-se. Durante a realização do teste, o Carlos começou a ver mal e, do nada, ficou cego. Como ficou sem ver nada, começou a pedir ajuda, aos berros.

Ao princípio pensaram que o Carlos estava a brincar. Como ele continuava a gritar e muito nervoso, chamaram uma ambulância.

O professor Pedro acompanhou o Carlos até ao hospital, tentando acalmá-lo.

Quando estava no hospital, depois de ser visto por vários médicos, foi dito ao Carlos que nunca mais voltaria a ver. O Carlos começou a chorar desesperadamente e, apesar de o professor Pedro o tentar acalmar, decidiram deixá-lo sozinho para se tentar acostumar à nova fase da sua vida.

A partir desse dia, o Carlos nunca mais voltou à Universidade e teria de se inscrever numa escola para cegos, para reaprender a ler e a escrever.

Estava em casa há já algum tempo, muito triste e a tentar esquecer a nova vida que teria pela frente.

Como o professor Pedro não teve muitas notícias do Carlos, decidiu ir ter com ele. Quando chegou à sua casa, o professor perguntou ao Carlos:

- Olá. Como é que te sentes?

- Mal. Eu ainda não acredito que fiquei cego. Para mim, isto é um pesadelo do qual ainda não acordei.

- Mas tens que ter pensamentos positivos e continuar com a tua vida.

- Só que eu não consigo encarar tudo o que me está a acontecer. – disse o Carlos, a chorar. – Já estou farto!

- Tens de continuar a lutar e tudo vai correr bem. Não desistas! Tens toda a tua família a apoiar-te.

- As pessoas tratam-me como se eu precisasse de ajuda, mas eu não quero. Parece que sou um bebé que precisa que façam tudo por ele.

- Tu não és um bebé, mas és um jovem que acabou de ficar cego. Por agora precisas da ajuda de todos, mas quando te habituares, já não precisarás.

- Queria tanto que tudo acabasse agora. – disse tristemente o Carlos.

O professor abraçou o Carlos. Como já era tarde, o professor teve de ir embora. Ao partir disse:

- Agora tenho que ir embora, mas amanhã quero saber como estás e também quero saber se já te inscreveste na tua nova escola para cegos.

- Adeus, professor. Amanhã ligo-lhe para dizer como estou.

E, de seguida, o professor foi-se embora.

Passados alguns dias, o Carlos ia para a sua nova escola e o professor Pedro perguntou-lhe:

- Estás entusiasmado?

- Sim, mas também estou muito nervoso!

- Vais ver que vai correr tudo bem.

- Espero bem que sim.

Algum tempo depois, Carlos e o professor continuavam muito amigos. Quando o Carlos precisava de ajuda, o professor era o primeiro a oferecer-se para o ajudar.

Agora que o Carlos estava habituado à sua deficiência, ele era muito feliz e nunca desistia de concretizar os seus sonhos.

 

CNL - Concurso Nacional de Leitura

No dia 13 de dezembro, a Escola Secundária de Barcelinhos realizou a 13.ª edição do Concurso Nacional de Leitura – fase escolar. Participaram cerca de 70 alunos do 3.º ciclo e secundário.

IMG_1166.JPG

Os alunos inscritos leram a obra, previamente selecionada, “A Pérola” de John Steinbeck, 3º ciclo e “O Velho e o Mar” de Ernest Hemingway, para o secundário e, hoje, responderam a um questionário online, seguido de uma prova de expressão escrita em suporte papel, sobre as obras.
Foram selecionados dois alunos por nível de ensino, para representar a escola na fase municipal: Clara Isabel Vilas Boas de Sá e Ângela da Silva Fonseca, do terceiro ciclo; Sara Patrícia da Costa Loureiro e Joana Araújo Costa, do secundário.

O concurso teve a colaboração da equipa da Beaf e do departamento de Português.

Inserida no PNL - Plano Nacional de Leitura Ler +, esta iniciativa é promovida pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), contando com o apoio da Rede das Bibliotecas Escolares (RBE) e Biblioteca Municipal, através da RBEBarcelos.

 

 

 

 

Direitos Humanos

Comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

IMG_1186.JPG

As turmas do 10º ano de escolaridade, cursos Científico e Tecnológico, de Ciências Socioeconómicas e de Línguas e Humanidades realizaram uma atividade inserida no Projeto de Cidadania e Desenvolvimento, que teve como objetivo primordial a comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esta decorreu na Biblioteca António Ferraz, no dia 13 de dezembro,  integrando o cartaz da "Semana Concelhia dos Direitos Humanos".

Na persecução dos objetivos previamente definidos, os alunos Pedro Rocha e Leonor Simões, apresentaram o convidado, Dr. Miguel Novais, presidente da Associação SOPRO,  ONG - Organização Não Governamental para o Desenvolvimento. Na sua dissertação, o convidado deu a conhecer a história desta Declaração e, prestando o seu testemunho pessoal como voluntário, sensibilizou todos presentes para a necessidade de centrarem os seus comportamentos cívicos no respeito absoluto pela dignidade da pessoa. A sua intervenção permitiu, ainda, informar os jovens das atividades desenvolvidas pela SOPRO e da necessidade de todos colaborarem na promoção de valores solidários, em nome do bem comum. No decurso da atividade, os alunos do 10º ano, turma C, declamaram o poema de António Gedeão, “Lágrima de Preta” e os alunos do 10º ano, da turma B apresentaram um vídeo criado e interpretado por eles, que retratava as alterações ocorridas ao nível do estatuto da mulher, tendo como inspiração a obra de Gil Vicente, "Farsa de Inês Pereira".

A atividade deu-se por terminada com a atuação dos alunos do 10ºB com a interpretação da canção "Imagine", de John Lennon.

Os objetivos foram alcançados e os alunos assumiram responsavelmente a dinamização da atividade.

 

 

 

Feira do Livro

A Feira do Livro da Escola Secundária de Barcelinhos, a decorrer entre os dias 10 e 14 de dezembro, acolheu, num ambiente de simplicidade, o escritor Raúl Minh’alma.

IMG_1126.JPG

O autor, cujo tipo de escrita e de leitura se enquadra numa perspetiva que agrada a grande parte dos jovens adolescentes, prendeu a atenção dos alunos presentes. Após uma breve apresentação do jovem escritor, os alunos tiveram a possibilidade de o ouvir discorrer sobre algumas ideias, sem nunca pretender tocar nos seus livros.

A atenção dispensada foi retribuída com a resposta a uma série de questões colocadas pelos participantes, tentando satisfazer a curiosidade que os dominava.

Uma sessão de autógrafos fechou “com chave de ouro” a ação desenvolvida.

Ao longo da semana, está a desenvolver-se uma feira de venda de livros, no espaço da Biblioteca António Ferraz; serão desenvolvidas diversas atividades, pretendendo envolver a comunidade educativa e incentivar o uso da biblioteca como espaço de cultura e de partilha de conhecimentos.

 

Dia do Diploma 2017-2018

Dia do Diploma do Ensino Básico e Secundário.

Dia di Diploma  (2).jpg

Na passada sexta-feira, decorreu na ESBarcelinhos a entrega dos diplomas do quadro de excelência e de valor aos alunos do ensino básico e secundário. Numa cerimónia simples mas muito concorrida por alunos, professores, encarregados de educação e familiares, os diretores de turma entregaram aos alunos o diploma da sua prestação ao longo do ano letivo de 2017/2018.

O reconhecimento da excelência é um direito consignado no estatuto do aluno na ética escolar e no regulamento interno da ESB e, como tal, os alunos da escola viram valorizados o mérito, a dedicação, a assiduidade e o esforço no trabalho, o desempenho escolar, assim como o empenhamento em ações meritórias.

Abrilhantaram a cerimónia as alunas do 7º ano com um momento de dança, a Mariana Figueiredo com a interpretação da música, “Let Her Go” de Passenger, a aluna Daniela Sá com a declamação do poema, “Lisbon Revisited”, de Álvaro de Campos e ainda o aluno Simão Gomes com a declamação do poema “Cântico Negro” de José Régio. 

Os alunos do curso de Turismo fizeram o acolhimento de todos os convidados do evento. 

 

  

Semana Concelhia dos Direitos Humanos

IMG_1106.JPG

Ao longo da semana, está em curso a “Maratona de Cartas”. Com esta ação pretendemos sensibilizar a comunidade escolar e educativa para um conjunto de casos selecionados, o que poderá resultar numa melhoria das condições de vida para os defensores de direitos humanos. Todas as assinaturas serão enviadas para a sede da Amnistia Internacional em Lisboa, unindo-nos, assim, aos milhões de apelos oriundos de todo o mundo e com os mesmos objetivos: Por fim à violação dos Direitos Humanos.

Este ano os casos são:

Atena Daemi, sonha com o fim da pena de morte no Irão.

Marielle Franco, lutou destemidamente por um Rio de Janeiro mais justo.

Nonhle Mbuthuma, lidera a luta da sua comunidade contra uma empresa mineira que quer explorar titânio na sua terra ancestral.

Geraldine Chacón, sempre quis defender outras pessoas. É por isso que ajuda a capacitar jovens a defenderem os seus direitos na sua cidade, Caracas.

Vitalina Koval, trabalha arduamente para defender os direitos LGBTI e os direitos das mulheres na sua cidade natal, Uzghorod, na Ucrânia.

IMG_1108.JPG

 

Ida ao teatro

Auto da Barca do Inferno

TGV_ Auto da Barca do Inferno (7).JPG

Na passada quarta-feira, cerca de 120 alunos, acompanhados pelos respetivos professores e bibliotecária da BEAF, assistiram no Teatro Gil Vicente à encenação do "Auto da Barca do Inferno" de Gil Vicente, numa versão adaptada pela Companhia de Teatro de Braga. Os atores prenderam a atenção dos jovens durante cerca de 90 minutos com algumas gargalhadas proporcionadas pela vivacidade, dinamismo e versatilidade que ofereceram ao público numa  adaptação desta peça vicentina.

O Auto da Barca do Inferno (ou Auto da Moralidade) é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em, 1531. 

Os especialistas classificam-na como moralidade mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do séc. XVI, embora alguns dos assuntos sejam pertinentes na atualidade, como esteve patente nesta atuação, com adaptações à realidade do sec. XXI.

esta atividade s´foi possível graças às parcerias com a Câmara Municipal de Barcelos, Biblioteca Municipal e SABEbcl.