Bruna Barbosa, aluna da Secundária de Barcelinhos, vencedora do Concurso Concelhio Pequenos Grandes Poetas, modalidade de poema inédito, 3º escalão, com o poema "O Poder das Palavras". Parabéns aos nossos participantes: Matilde Gomes, Daniela Beatriz Sá Costa e Maurício Vale.
Poema vencedor
O Poder das Palavras As palavras são vermelhas Como o sangue que corre nas veias, Como o coração que sobressai No meio da confusão, Como a cor dos carnudos lábios Que transbordam de paixão. São aquilo que nos falta Quando deixamos falar o coração, E damos asas à imaginação. São assim, as palavras, Ninguém as pode tirar, Ninguém as pode roubar. Com elas podemos, pouco a pouco, Mudar a mente, o que é dado como certo E ninguém se atreve a contestar.
A Poesia não se explica, sente-se. A poesia é arte. A poesia sou eu, és tu. A poesia é o que sentimos, o que acontece. A poesia é a sensibilidade, a forma como vemos as coisas, como as sentimos, como as revelamos... A poesia acontece, vive-se, de forma espontânea...
São algumas das respostas dadas, pelos nossos alunos, ao desafio lançado sobre "O que é a Poesia?"
Viveu-se poesia na Escola Secundária de Barcelinhos.
Alunos e professores, disseram poesia "à natureza" e sobre a natureza.
A magnólia, o carvalho, o azevinho, o álamo, a glicinia,o rododendro, a camélia, o freixo, o negrilho, o prunos, o medronho, o sobreiro, entre outras árvores que embelezam os nosssos jardins foram homenageadas com poesia. Antecipadamente, estas árvores foram identificadas e nelas afixados poemas.
A comunidade escolar "poetizou-se" e cerca de 300 alunos criaram frases, pensamentos sobre poesia que embelezaram as nossas azálias.
Entre os rituais em latim e a supressão da individualidade estará, certamente, uma explicação sociológica bem mais complexa que a banalidade proferida entre jornais e redes sociais acerca da praxe. As opiniões, essas reduzem-se a duas posições antagónicas: ou a profunda devoção ou a profunda rejeição, no entanto, entre elas encontra-se um oceano de debate e ponderação que parece ser ignorado.
Mas, afinal, o que é a praxe? Através de uma rápida pesquisa na internet, encontramos inúmeras definições para este termo, entre elas: ‘’ conjunto de práticas institucionais dotadas de especificidade e que têm o propósito de preservar uma tradição tida como original, assumindo, por isso, formas que as aproximam do ritual.’’ (socióloga Maria Eduarda Cruzeiro- in A Praxe Como FenómenoSocial). Numa nota mais pessoal, a praxe é, no fundo, nada mais do que uma manifestação de uma cultura. A cultura do coletivismo hierárquico, que consiste na já mencionada supressão do indivíduo e da sua vontade em prol da união e do espírito de convivência e igualdade.
Por um lado, as vantagens desta prática são inúmeras, de entre elas o facto de integrar melhor os alunos que, possivelmente, se encontram longe da família, através de jogos que implicam a interação com outros alunos da academia e promovem o espírito de interajuda e companheirismo, permitindo, ainda, o conhecimento os novos colegas, de uma forma mais célere. Um outro ponto positivo é o facto de a praxe não ser uma atividade ou prática obrigatória, ou seja, cada estudante pode escolher, como cidadão livre que é, se irá ou não participar nela, dando assim o total poder de escolha ao aluno e promovendo o seu espírito de análise.
Por outro lado, há os devotos da ideia de que a praxe não tem qualquer fim lógico ou plausível e serve apenas para deleite dos alunos mais velhos, a fim de se sentirem mais poderosos ou superiores aos novos alunos. Referem, ainda, que não é uma prática segura e que põe até em risco, por vezes, a vida dos jovens universitários, ideia essa causada pelas notícias extremamente exageradas e seletivas da imprensa portuguesa.
Pessoalmente, acredito que a praxe, dentro de certos limites, promove a integração e relação entre colegas, o espírito académico, o amor ao curso e até a adaptação a uma, possível, nova cidade. A verdade é que não devemos negar nada à partida sem o experimentar, e, de facto, são muitas mais as histórias positivas vivenciadas nas praxes, que marcam para a vida quem as experienciou, do que o contrário.
Para concluir, deixo uma citação de Jim Rohn: “Seja um estudante, não um seguidor. Não vá simplesmente fazer o que alguém diz. Tenha interesse pelo que alguém diz, então debata, pondere e considere de todos os ângulos”, ou seja, mesmo que nos contem factos negativos acerca de algo, devemos sempre questionar e experimentar (o experimentável) para termos a verdadeira noção do que se trata, e, quando experimentamos devemos ter consciência dos nossos limites e do limite do que consideramos razoável, plausível e nos deixa confortáveis, e a praxe é um excelente exemplo disso.
Com o objetivo de evocar o Dia Mundial da Mulher, a Beaf chamou cinco mulheres da Literatura Portuguesa: Natália Correia, Sophia de Mello Breyner Andressen, Dulce de Montalvo, Florbela Espanca e Soror Mariana de Alcoforado. Queríamos, com esta iniciativa, dar a conhecer alguma poesia feminina por se tratar de um dia dedicado à mulher. As alunas do 10º D responderam ao ensejo e deram alma ao nosso propósito. Caracterizaram-se, a rigor, e leram alguns poemas das escritoras escolhidas. No final, a plateia atenta de alunos folheou muitos livros de escritoras expostos, propositadamente, na Biblioteca. Nesta iniciativa, não foi inocente a escolha de Dulce de Montalvo. Trata-se de uma ilustre poeta barcelense - tantas vezes esquecida - cuja obra muito nos honra.
A par desta atividade, fizemos ainda uma exposição de fotografias de escritoras portuguesas e estrangeiras.
“A Literatura e a História – O relato da perseguição aos Judeus através do olhar do Anne Frank”
A tão alardeada flexibilidade curricular pode ser dinamizada em torno de temáticas bem definidas e a partir de propostas simples, como por exemplo, ler um livro com a minha direção de turma na Semana da Leitura. Desafio feito pela Florinda Bogas, desafio aceite, claro!
Qual livro? Qual autor? É preciso pensar rápido, pois está quase a tocar para dentro e a Florinda olha-me interrogativamente. E penso: História, 9º ano, Segunda Guerra Mundial, Holocausto,Formação Cívica e Humana e zás, Anne Frank, claro!
É nesta fração de segundo e de milhões de sinapses que a ideia emerge, simples e com brilho como todas as ideias. Adolescência, sexualidade, descoberta, mundo interior, prazer na escrita, guerra mundial, racismo, medo, amor, tudo em apenas um livro: "O Diário de Anne Frank".
Relendo o livro, as memórias avivaram-se e quase regresso à adolescência. Provavelmente, este Diário terá sido umas das razões pelas quais decidi ser Professora de História.
Barcelinhos, 9 de março de 2018, Alexandra Vieira
Foi desta forma que encerramos a Semana da Leitura na Secundária de Barcelinhos, com inumeras atividades de Leitura e de Escrita.
Obrigada a todos que colaboraram connosco. Obrigada António, Helena, Alexandra, Alunos e D. Emília,(sempre disponível e preocupada com a gestão dos espaços).
A vida é um curto espaço de tempo em que nós, humanos, estamos num planeta, na Terra. Neste período, vamos sendo obrigados a efetuar inúmeras escolhas, umas mais fáceis, outras mais difíceis, mas todas elas têm consequências na nossa vida.
Cada atitude nossa acaba por ser uma escolha e, são estas decisões que vão moldando a nossa personalidade e aquilo que vamos ser, num futuro próximo. Lembro-me de há tempos atrás ouvir a frase “até mesmo quando não escolhemos nada, estamos a efetuar uma escolha”. Fiquei a pensar, por momentos e, foi então, que percebi que a nossa vida é feita de escolhas em todos os momentos, horas e minutos. De um modo geral, a vida acaba por ser a soma de todas as opções que efetuamos.
Desde muito cedo, vemo-nos obrigados a realizar pequenas escolhas que pouco impacto terão, como, por exemplo, se preferimos comer uma maçã ou um pão. No entanto, com o passar do tempo, teremos de fazer opções mais complexas e com um maior impacto a longo prazo. A este caso podemos associar um daqueles que é o maior dilema dos alunos finalistas do secundário: que caminho seguir? A meu ver, esta é, talvez, a escolha mais complicada que irei ter de tomar, visto que é ela que irá quase que definir o meu futuro. No entanto, há que colocar aquele pequeno medo que nos acompanha, desde sempre, de lado e apostar naquilo que mais gostamos e nos faz feliz.
São várias as decisões complicadas que iremos ter de efetivar, ao longo desta caminhada, mas também serão muitas as surpresas e recompensas que nos aguardam no futuro. Posto isto, não devemos ter medo de arriscar, uma vez que, mesmo que tenhamos feito a escolha errada, há sempre uma forma de dar a volta. Afinal, o que seria a vida sem erros?
Concluindo, penso que devemos sempre encarar todas as opções que vamos ter de equacionar como um desafio e fazê-las da forma mais responsável possível. O prémio será uma vida bem estruturada e feliz, porque este percurso é o reflexo das nossas escolhas.
O mote, "Xiu! Estamos a ler" serviu de inspiração a mais uma atividade de promoção da leitura.
Os alunos do 7º ano da turma B participaram nesta maratona da leitura e, sem pausas nem hesitações, leram em voz alta, ao longo de uma hora, o conto "Avó e neto contra vento e areia", de Teolinda Gersão. Após esta leitura, comentaram o que ouviram num debate muito participado. No final, houve um tempo para degustar uma chícara de chá e uns bolinhos carinhosamente oferecidos pela biblioteca.
A Natureza é um lar que acolhe todos os seres vivos independentemente das suas caraterísticas e que, a cada amanhecer, fascina ainda mais. Talvez por ser tão acolhedora seja tão vulnerável aos constantes ataques do Homem que, de forma irresponsável, destrói o seu próprio bem-estar.
O meio natural é um paraíso repleto de preciosidades inigualáveis a que ninguém é indiferente. O sol, a água e o ar são elementos fundamentais à vida humana e quase ninguém reconhece o seu verdadeiro valor. Todos queremos a vida idealizada, mas nem todos compreendemos e respeitamos o papel da Natureza. Andamos tão atarefados na busca da “felicidade” que nem percebemos que o essencial está ali, ao nosso dispor. A Natureza é um lugar belo onde encontramos serenidade e inspiração para um futuro mais próspero.
Porém, o Homem faz questão de prejudicar tudo aquilo que o rodeia e o ambiente não é exceção. São inúmeros os problemas que o planeta enfrenta. Morrem os animais, morrem as plantas e quiçá morrem as pessoas de tanta ganância. Desde há muito que existe o problema do aquecimento global, no entanto este está a agravar-se cada vez mais o que assusta muitas pessoas. Além disso, sabemos que o pulmão do mundo está em extinção, pois, para muitos, a Amazónia é uma fonte de rendimento. Acabam as árvores, matam-se as espécies mais raras e belas e tudo com intuito de obter dinheiro. Depois vemos as notícias sobre as alterações climáticas e ficamos muito apavorados, no entanto cometemos os mesmos erros dia após dia. Somos capazes de cometer as maiores barbaridades, mas somos incapazes de assumir as responsabilidades. É vergonhosa a forma como tratamos a Natureza.
Para ultrapassar todos estes problemas devemos, a meu ver, evitar comportamentos irracionais como a poluição e a desflorestação e preservar os habitats naturais que são o seio dos animais.
Concluindo, devemos encarar a Natureza como um alicerce para o futuro. É necessário preservar o meio natural, através de atitudes conscientes e de comportamentos civilizados, de modo a assegurar o bem-estar e a saúde de toda a população.