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Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

O Lugar da Poesia, por Jorge Salgueiro, Professor

                                          NÓS NAS PALAVRAS


Noz nas palas
Nuas vãs

Nós detê-las?
Porquê o deus Rá invocado? Impossível!...
Nus sentidos Faraós vestidos
Egípcios caracteres
Cortados hieróglifos
Embalsamados
E petrificados
E incompreendidos
São cáfila de areias oásicas
Na penumbra matinal,
Ocaso da profunda e prolongada
Existência
Da minha meia-luz esbranquiçada e ainda crua
Lambo-as como caramelo doce doirado
Da infância interpelada
Pelo meu sol
Que me derretem
As lágrimas pérfidas da imaginação
E sinto-lhe
Um gosto sinestésico
E Amaro
Como o Crime
Que o presbítero concebeu
Sem revelar seu puro fruto
De suas entranhas fêmeas e estéreis
Não posso conceber…
O dom da vida inacabada
Saboreio eterna e ciclicamente
Nas finas ervas frescas do além perturbado
A delícia de teus olhos exacerbados
Suaves, discretos e longínquos
Palrantes como o doce chilrear do lendário dragão
Altivos voos em forma de chama púrpura
Ledos e perturbadores pensamentos
Altruístas, conformistas e revolucionários
Vis contactos finitos
Ramosos verdejantes queimados
Altaneiros, sussurro esquartejado
Sintomáticos elixires da minha criação…
Prof. Jorge Salgueiro, 2016

O Lugar da Poesia, por Jorge Salgueiro, Professor

                                          NÓS NAS PALAVRAS


Noz nas palas
Nuas vãs

Nós detê-las?
Porquê o deus Rá invocado? Impossível!...
Nus sentidos Faraós vestidos
Egípcios caracteres
Cortados hieróglifos
Embalsamados
E petrificados
E incompreendidos
São cáfila de areias oásicas
Na penumbra matinal,
Ocaso da profunda e prolongada
Existência
Da minha meia-luz esbranquiçada e ainda crua
Lambo-as como caramelo doce doirado
Da infância interpelada
Pelo meu sol
Que me derretem
As lágrimas pérfidas da imaginação
E sinto-lhe
Um gosto sinestésico
E Amaro
Como o Crime
Que o presbítero concebeu
Sem revelar seu puro fruto
De suas entranhas fêmeas e estéreis
Não posso conceber…
O dom da vida inacabada
Saboreio eterna e ciclicamente
Nas finas ervas frescas do além perturbado
A delícia de teus olhos exacerbados
Suaves, discretos e longínquos
Palrantes como o doce chilrear do lendário dragão
Altivos voos em forma de chama púrpura
Ledos e perturbadores pensamentos
Altruístas, conformistas e revolucionários
Vis contactos finitos
Ramosos verdejantes queimados
Altaneiros, sussurro esquartejado
Sintomáticos elixires da minha criação…
Prof. Jorge Salgueiro, 2016