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Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

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"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

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Leitura e Ansiedade

Outubro é o mês das Bibliotecas Escolares.
A BEAF, para além de outras iniciativas, promoveu, na passada quarta-feira, uma palestra, cujo objetivo foi o de aliar a leitura a uma patologia do foro psíquico que atinge muitos jovens em idade escolar – a ansiedade.
Segundo muitos estudos, a ansiedade pode ser combatida com o exercício da leitura, como afirmou o nosso convidado, Dr. Miguel Durães, psicólogo barcelense de reconhecido mérito. O paciente ansioso, ao deleitar-se com a leitura, esquece o que o atormenta e o seu estado físico tenso relaxa significativamente.
A leitura surge assim como uma terapia excelente para minimizar os efeitos somáticos e nefastos do estado ansioso.
Numa conversa informal e utilizando uma linguagem próxima do auditório, o conferencista começou por explicar a uma plateia maioritariamente constituída por alunos de Psicologia que a ansiedade nem sempre tem contornos funestos, sendo até necessária para realizar tarefas que obriguem o ser humano a resolver problemas do quotidiano.
O Dr. Miguel Durães asseverou, contudo, que esta perturbação, levada ao extremo, pode levar à depressão, patologia muitas vezes associada ao excesso de zelo dos jovens que, nos dias de hoje, mais do que em tempos idos, se preocupam em demasia com a ausência de objetos materiais.
Entre outros motivos, a dessacralização da sociedade, aliada a uma diminuição significativa do culto de valores, como a solidariedade, levou a que o homem se deva interrogar para inverter o sentido do rumo até agora traçado:
“Somos cada vez mais humanos ou somos cada dia mais animais?” – interrogou.
“Somos cada vez mais fortes ou cada vez mais vulneráveis?” – interpelou.
31% da população mundial sofre de ansiedade, sendo que 22,9% da população portuguesa está sinalizada como portadora desta enfermidade. Estima-se que em 2020 a ansiedade possa matar mais do que a S.I.D.A.
“O ser humano é um ser poderoso muito criativo: criamos a nossa forma de ser e também a nossa forma de crescer”- acrescentou. É urgente construir uma vida em torno do que se perdeu: voltar à casa, às rotinas, ao diálogo, à família. Os professores não podem nem devem substituir os pais nos afetos, na atenção e isso é que é errado pensar. Vocês são o futuro! Há que refletir! – foram algumas ideias deixadas pelo psicólogo que, afavelmente, respondeu a algumas questões da plateia.


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Leitura e ansiedade - Dr. Miguel Durães, Psicólogo

Leitura e Ansiedade

Outubro é o mês das Bibliotecas Escolares.
A BEAF, para além de outras iniciativas, promoveu, na passada quarta-feira, uma palestra, cujo objetivo foi o de aliar a leitura a uma patologia do foro psíquico que atinge muitos jovens em idade escolar – a ansiedade.
Segundo muitos estudos, a ansiedade pode ser combatida com o exercício da leitura, como afirmou o nosso convidado, Dr. Miguel Durães, psicólogo barcelense de reconhecido mérito. O paciente ansioso, ao deleitar-se com a leitura, esquece o que o atormenta e o seu estado físico tenso relaxa significativamente.
A leitura surge assim como uma terapia excelente para minimizar os efeitos somáticos e nefastos do estado ansioso.
Numa conversa informal e utilizando uma linguagem próxima do auditório, o conferencista começou por explicar a uma plateia maioritariamente constituída por alunos de Psicologia que a ansiedade nem sempre tem contornos funestos, sendo até necessária para realizar tarefas que obriguem o ser humano a resolver problemas do quotidiano.
O Dr. Miguel Durães asseverou, contudo, que esta perturbação, levada ao extremo, pode levar à depressão, patologia muitas vezes associada ao excesso de zelo dos jovens que, nos dias de hoje, mais do que em tempos idos, se preocupam em demasia com a ausência de objetos materiais.
Entre outros motivos, a dessacralização da sociedade, aliada a uma diminuição significativa do culto de valores, como a solidariedade, levou a que o homem se deva interrogar para inverter o sentido do rumo até agora traçado:
“Somos cada vez mais humanos ou somos cada dia mais animais?” – interrogou.
“Somos cada vez mais fortes ou cada vez mais vulneráveis?” – interpelou.
31% da população mundial sofre de ansiedade, sendo que 22,9% da população portuguesa está sinalizada como portadora desta enfermidade. Estima-se que em 2020 a ansiedade possa matar mais do que a S.I.D.A.
“O ser humano é um ser poderoso muito criativo: criamos a nossa forma de ser e também a nossa forma de crescer”- acrescentou. É urgente construir uma vida em torno do que se perdeu: voltar à casa, às rotinas, ao diálogo, à família. Os professores não podem nem devem substituir os pais nos afetos, na atenção e isso é que é errado pensar. Vocês são o futuro! Há que refletir! – foram algumas ideias deixadas pelo psicólogo que, afavelmente, respondeu a algumas questões da plateia.