A nossa vida está repleta demomentos especiais em que há pessoas que marcam nesses momentos, umas maisoutras menos, mas a pessoa que me marcou mais até à data foi o meu bisa-avô.
Ele era uma pessoa totalmente diferentedo meu avô, enquanto o meu avô era uma pessoa rigorosa e exigente, o meu bisavôera uma pessoa calmíssima e amorosa. Ele adorava os seus bisnetos, pois mesmoque não lhe apetecesse brincar connosco, estava sempre ao nosso lado. Eleadorava ensinar-nos tudo o que ele sabia, se errássemos ele ria-se, mas diziapara fazermos de novo. Lembro-me de uma vez ele ensinar a fazer esculturas emmadeira, como se segurava nas ferramentas e como as utilizar. Eu, em forma deagradecimento pelo que ele me ensinava, dava-lhe um grande beijo.
Ele pegava em mim aocolo e colocava-me no seu joelho e ele próprio me beijava. Sempre senti umgrande amor por parte dele. Hoje, sinto a sua presença em minha casa, pois sóele, durante a noite, gostava de passear pelo corredor e ir para a janeladeliciar o luar e desde que ele faleceu, ouço os interruptores a ligar e adesligar e ouço passos no corredor, tal e qual os do meu bisavô...
Foi ele que meensinou a ser amoroso com as raparigas, com ele aprendi a ser carinhoso e principalmentea ser calmo. A primeira carta de amor que escrevi foi ele que me ajudou egraças a ele fui correspondido. Lembro que me ensinou a cozinhar - a primeiratentativa não terá corrido muito bem - mas ele nunca desistiu, e hoje aindafaço a sua sopa preferida, umas das recordações que guardo nos dias de hoje, comum sabor idêntico.
O que mais admiravanele era a sua forma de ser, pois ele não era um homem de desistir, lutava atéao fim, tudo tinha que ficar pronto, todos os seu desejos tinham que ser realizados.
Ele, aprendeu sozinho a tocartrombone, tal e qual o meu avô aprendeu a tocar piano. É incrível, pois asemente artística que foi incutida em mim teve origem no meu bisavô e no meuavô pois eles eram ligados à vertente artística. Eu, também aprendi a tocarbateria sozinho e hoje, em conjunto com uns amigos, tenho uma banda que poderáum dia ser conhecida mundialmente. Tudo o que eu aprendi, tudo o que me ensinoue principalmente o gosto pela música que me incutiu, tenho que agradecer ao meugrande bisavô, pois se não fosse ele não seria o que hoje sou.
Em conclusão: espero um dia voltar aencontra-lo, pois sinto uma saudade enorme, sinto falta do seu carinho e do seuamor. Foi e é um exemplo a seguir, e farei de tudo para passar aos meus filhostudo o que aprendi com ele.
Se existe vida para além da morte,uma das primeiras pessoas que quero abraçar é o meu grande BISAVÔ.
A nossa vida está repleta demomentos especiais em que há pessoas que marcam nesses momentos, umas maisoutras menos, mas a pessoa que me marcou mais até à data foi o meu bisa-avô.
Ele era uma pessoa totalmente diferentedo meu avô, enquanto o meu avô era uma pessoa rigorosa e exigente, o meu bisavôera uma pessoa calmíssima e amorosa. Ele adorava os seus bisnetos, pois mesmoque não lhe apetecesse brincar connosco, estava sempre ao nosso lado. Eleadorava ensinar-nos tudo o que ele sabia, se errássemos ele ria-se, mas diziapara fazermos de novo. Lembro-me de uma vez ele ensinar a fazer esculturas emmadeira, como se segurava nas ferramentas e como as utilizar. Eu, em forma deagradecimento pelo que ele me ensinava, dava-lhe um grande beijo.
Ele pegava em mim aocolo e colocava-me no seu joelho e ele próprio me beijava. Sempre senti umgrande amor por parte dele. Hoje, sinto a sua presença em minha casa, pois sóele, durante a noite, gostava de passear pelo corredor e ir para a janeladeliciar o luar e desde que ele faleceu, ouço os interruptores a ligar e adesligar e ouço passos no corredor, tal e qual os do meu bisavô...
Foi ele que meensinou a ser amoroso com as raparigas, com ele aprendi a ser carinhoso e principalmentea ser calmo. A primeira carta de amor que escrevi foi ele que me ajudou egraças a ele fui correspondido. Lembro que me ensinou a cozinhar - a primeiratentativa não terá corrido muito bem - mas ele nunca desistiu, e hoje aindafaço a sua sopa preferida, umas das recordações que guardo nos dias de hoje, comum sabor idêntico.
O que mais admiravanele era a sua forma de ser, pois ele não era um homem de desistir, lutava atéao fim, tudo tinha que ficar pronto, todos os seu desejos tinham que ser realizados.
Ele, aprendeu sozinho a tocartrombone, tal e qual o meu avô aprendeu a tocar piano. É incrível, pois asemente artística que foi incutida em mim teve origem no meu bisavô e no meuavô pois eles eram ligados à vertente artística. Eu, também aprendi a tocarbateria sozinho e hoje, em conjunto com uns amigos, tenho uma banda que poderáum dia ser conhecida mundialmente. Tudo o que eu aprendi, tudo o que me ensinoue principalmente o gosto pela música que me incutiu, tenho que agradecer ao meugrande bisavô, pois se não fosse ele não seria o que hoje sou.
Em conclusão: espero um dia voltar aencontra-lo, pois sinto uma saudade enorme, sinto falta do seu carinho e do seuamor. Foi e é um exemplo a seguir, e farei de tudo para passar aos meus filhostudo o que aprendi com ele.
Se existe vida para além da morte,uma das primeiras pessoas que quero abraçar é o meu grande BISAVÔ.
Foi há sensivelmente5 anos atrás, quando uma guerreira decidiu trazer ao mundo um bebé. Mal elasabia era que ia acabar por ficar sozinha a cuidar dele e do filho mais velhocom dois anos de diferença. É a minha tia, é dela que mais me orgulho hoje,pela coragem e pela força que teve em tratar de dois bebés sem ajudapraticamente nenhuma. Orgulho-me dela por não ter medo de perder a pessoa comquem estava casada e pelo “nosso” bebé.
O bebé chama-seMiguel. Lembro-me como se tivesse sido ontem, de o ter ido buscar ao hospital,lembro-me, como se fosse hoje, de chegar a casa com ele e com a minha tia, de aver abraçar o filho mais velho - na altura com apenas dois anos - e de a ouvirdizer: “desculpa, és um bebé e aindaprecisas tanto de mim”.
Eu era a prima maisvelha, tinha apenas 12 anos, mas era uma menina muito atenta, muito inteligentee já tinha uma noção do que se estava a passar. Sei que naquele momento,estando com o pequeno Miguel nos meus braços, fitei-o nos olhos e jurei a mimmesma que ia tratar a ele e ao irmão como se fossem os dois meus irmãos.Prometi a mim mesma que lhes ia dar todo o amor que tinha, ia dar-lhes o amorque lhes ia faltar, ia dar-lhes tudo o que tivesse para dar.
Hoje, agradeço àminha tia todos os dias por ter dado ao mundo as crianças mais fascinantes àface da terra. Agradeço-lhe pois é com os meus primos que sorrio sempre queestou triste, é deles que ouço e faço as coisas mais estranhas e maisengraçadas que já vi na minha vida, agradeço por ouvir: “gosto tanto da prima miana”.
Foi há sensivelmente5 anos atrás, quando uma guerreira decidiu trazer ao mundo um bebé. Mal elasabia era que ia acabar por ficar sozinha a cuidar dele e do filho mais velhocom dois anos de diferença. É a minha tia, é dela que mais me orgulho hoje,pela coragem e pela força que teve em tratar de dois bebés sem ajudapraticamente nenhuma. Orgulho-me dela por não ter medo de perder a pessoa comquem estava casada e pelo “nosso” bebé.
O bebé chama-seMiguel. Lembro-me como se tivesse sido ontem, de o ter ido buscar ao hospital,lembro-me, como se fosse hoje, de chegar a casa com ele e com a minha tia, de aver abraçar o filho mais velho - na altura com apenas dois anos - e de a ouvirdizer: “desculpa, és um bebé e aindaprecisas tanto de mim”.
Eu era a prima maisvelha, tinha apenas 12 anos, mas era uma menina muito atenta, muito inteligentee já tinha uma noção do que se estava a passar. Sei que naquele momento,estando com o pequeno Miguel nos meus braços, fitei-o nos olhos e jurei a mimmesma que ia tratar a ele e ao irmão como se fossem os dois meus irmãos.Prometi a mim mesma que lhes ia dar todo o amor que tinha, ia dar-lhes o amorque lhes ia faltar, ia dar-lhes tudo o que tivesse para dar.
Hoje, agradeço àminha tia todos os dias por ter dado ao mundo as crianças mais fascinantes àface da terra. Agradeço-lhe pois é com os meus primos que sorrio sempre queestou triste, é deles que ouço e faço as coisas mais estranhas e maisengraçadas que já vi na minha vida, agradeço por ouvir: “gosto tanto da prima miana”.