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Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

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Diários de escrita, por Carolina Gonçalves
 Como li os livros: Lolita, 1984, Livro, A Metamorfose, Retrato do Artista Quando Jovem.

 De todos os tipos de texto, o resumo é o que mais detesto escrever ou ler. É útil, sim, mas absolutamente desinteressante. Não tem a essência, alma ou arte; não passa de palavras frias e sistematizadas.No entanto, se mo pedem, eu escrevo-o sem objeções. Ou melhor, escreveria, se não se levantasse outra questão: eu requisitei cinco livros diferentes e não consigo escolher qual deles para a tarefa em mãos. Li-os a todos com o fervor e curiosidade que sempre me acompanharam na leitura e posso recontá-los facilmente.Lolita é o relato arrepiante e perturbador (felizmente, fictício) de um pedófilo que destrói a vida de uma pobre rapariga que morre no final. 1984 fala de uma terrível ditadura que é mais assustadora hoje em dia do que quando o livro foi publicado, uma vez que agora temos a tecnologia para a tornar real. Livro foi-me recomendado por uma colega que participou no PNL, e mais do que excedeu as espectativas, tanto no relato da emigração portuguesa como no toquezinho de pós-modernismo. A Metamorfose é um crítica interessante e que ambiguamente deixa em aberto se o protagonista de transformou realmente num inseto ou se tem alguma doença mental, mas entrando em declínio psicológico até à morte. Por fim, o Retrato do Artista Quando Jovem narra os conflitos internos do jovem Stephen Dedalus e a sua tentativa de libertação da influência do ambiente que o rodeia.Se é um resumo que me pedem, cada uma destas linhas seria suficientes para a respetiva obra. Todavia, não provam que eu li, de facto, qualquer um destes livros, o que eu suponho que seja uma das razões, ou talvez a única, porque me foi pedido este resumo.Eu poderia dizer que Lolita foi, quase de certeza, o único livro que li em que eu detestava todas as personagens. Ou que 1984 mexeu bastante comigo ao desenhar uma sociedade que oprime até o próprio pensamento. Em Livro atraiu-me que fosse tão consciente de si mesmo ao ponto de ser confuso, mas desagradou-me que eu conseguisse prever parte do enredo. Quanto a A Metamorfose, Gregor tinha uma família de sanguessugas que o abandonou à primeira dificuldade, e era triste vê-lo tão preocupado com eles enquanto eles o desprezavam tão horrivelmente. Já o Retrato do Artista Quando Jovem mostrou-se uma interessante janela para a vida do próprio autor, além de me levar a questionar quais os verdadeiros efeitos que a sociedade em que me insiro tem sobre mim.Não há muito mais a dizer. Como com qualquer outra obra de arte, não há descrição possível para um livro, pelo menos não uma que reflita verdadeiramente a sua natureza. Por mais irónico que seja, não há palavras que descrevam a experiência extraordinária da leitura. Tentar fazê-lo é, obrigatoriamente, deixar o serviço pela metade, uma mera sombra da realidade. E, para fazer um trabalho mal-feito, nem vale a pena começar.Ficam, então, aqui, as minhas humildes palavras sobre os livros que me acompanharam ao longo do mês de Abril. Se não vou mais longe, é porque resumo nenhum se aproxima da própria leitura; se não faço melhor, é porque me falta o talento e a arte. 

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Diários de escrita, por Carolina Gonçalves
 Como li os livros: Lolita, 1984, Livro, A Metamorfose, Retrato do Artista Quando Jovem.

 De todos os tipos de texto, o resumo é o que mais detesto escrever ou ler. É útil, sim, mas absolutamente desinteressante. Não tem a essência, alma ou arte; não passa de palavras frias e sistematizadas.No entanto, se mo pedem, eu escrevo-o sem objeções. Ou melhor, escreveria, se não se levantasse outra questão: eu requisitei cinco livros diferentes e não consigo escolher qual deles para a tarefa em mãos. Li-os a todos com o fervor e curiosidade que sempre me acompanharam na leitura e posso recontá-los facilmente.Lolita é o relato arrepiante e perturbador (felizmente, fictício) de um pedófilo que destrói a vida de uma pobre rapariga que morre no final. 1984 fala de uma terrível ditadura que é mais assustadora hoje em dia do que quando o livro foi publicado, uma vez que agora temos a tecnologia para a tornar real. Livro foi-me recomendado por uma colega que participou no PNL, e mais do que excedeu as espectativas, tanto no relato da emigração portuguesa como no toquezinho de pós-modernismo. A Metamorfose é um crítica interessante e que ambiguamente deixa em aberto se o protagonista de transformou realmente num inseto ou se tem alguma doença mental, mas entrando em declínio psicológico até à morte. Por fim, o Retrato do Artista Quando Jovem narra os conflitos internos do jovem Stephen Dedalus e a sua tentativa de libertação da influência do ambiente que o rodeia.Se é um resumo que me pedem, cada uma destas linhas seria suficientes para a respetiva obra. Todavia, não provam que eu li, de facto, qualquer um destes livros, o que eu suponho que seja uma das razões, ou talvez a única, porque me foi pedido este resumo.Eu poderia dizer que Lolita foi, quase de certeza, o único livro que li em que eu detestava todas as personagens. Ou que 1984 mexeu bastante comigo ao desenhar uma sociedade que oprime até o próprio pensamento. Em Livro atraiu-me que fosse tão consciente de si mesmo ao ponto de ser confuso, mas desagradou-me que eu conseguisse prever parte do enredo. Quanto a A Metamorfose, Gregor tinha uma família de sanguessugas que o abandonou à primeira dificuldade, e era triste vê-lo tão preocupado com eles enquanto eles o desprezavam tão horrivelmente. Já o Retrato do Artista Quando Jovem mostrou-se uma interessante janela para a vida do próprio autor, além de me levar a questionar quais os verdadeiros efeitos que a sociedade em que me insiro tem sobre mim.Não há muito mais a dizer. Como com qualquer outra obra de arte, não há descrição possível para um livro, pelo menos não uma que reflita verdadeiramente a sua natureza. Por mais irónico que seja, não há palavras que descrevam a experiência extraordinária da leitura. Tentar fazê-lo é, obrigatoriamente, deixar o serviço pela metade, uma mera sombra da realidade. E, para fazer um trabalho mal-feito, nem vale a pena começar.Ficam, então, aqui, as minhas humildes palavras sobre os livros que me acompanharam ao longo do mês de Abril. Se não vou mais longe, é porque resumo nenhum se aproxima da própria leitura; se não faço melhor, é porque me falta o talento e a arte. 

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Conferência
 BARCELOS – 900 anos de História com o P.e António Júlio Trigueiros, sj


No dia em que foi lançado, no auditório da CMB, o 1º de 13 volumes, do maior historiador barcelense, Dr. António Miguel Almeida Ferraz, “Apontamentos para a História de Barcelos”, convidamos o Pe. António Júlio Trigueiros, responsável pela leitura, introdução e notas da obra deste ilustre barcelinense . Além desta excelente obra, o P.e António Júlio Trigueiros também é autor de várias publicações sobre Barcelos e o seu concelho, das quais salientamos: A Heráldica e a Genealogia no Concelho de Barcelos, 1984 e 1985Barcelos Histórico Monumental e Artístico, 1998A Casa do Menino Deus: da Escrava Victória às Franciscanas Missionárias de Maria, (em co-autoria com Maria Celeste Lúcio), Barcelos, 2012.
Com a biblioteca lotada de alunos e professores, assistimos a uma sábia e descontraída lição de história de Barcelos, acompanhada por interessantes slides, ilustrativos do grandioso património arquitetónico e artístico da nossa terra. Desta sessão ficou acentuado o orgulho, o dever e a responsabilidade que todos devemos ter na defesa e preservação deste vasto e rico património.

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Conferência
 BARCELOS – 900 anos de História com o P.e António Júlio Trigueiros, sj


No dia em que foi lançado, no auditório da CMB, o 1º de 13 volumes, do maior historiador barcelense, Dr. António Miguel Almeida Ferraz, “Apontamentos para a História de Barcelos”, convidamos o Pe. António Júlio Trigueiros, responsável pela leitura, introdução e notas da obra deste ilustre barcelinense . Além desta excelente obra, o P.e António Júlio Trigueiros também é autor de várias publicações sobre Barcelos e o seu concelho, das quais salientamos: A Heráldica e a Genealogia no Concelho de Barcelos, 1984 e 1985Barcelos Histórico Monumental e Artístico, 1998A Casa do Menino Deus: da Escrava Victória às Franciscanas Missionárias de Maria, (em co-autoria com Maria Celeste Lúcio), Barcelos, 2012.
Com a biblioteca lotada de alunos e professores, assistimos a uma sábia e descontraída lição de história de Barcelos, acompanhada por interessantes slides, ilustrativos do grandioso património arquitetónico e artístico da nossa terra. Desta sessão ficou acentuado o orgulho, o dever e a responsabilidade que todos devemos ter na defesa e preservação deste vasto e rico património.

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Encontro com...
José Trigueiros é um jovem escritor e cineasta barcelense com quem estivemos à conversa no dia 23 de maio. 
 Fez os seus estudos em Coimbra e Barcelona onde desenvolveu a sua tese de mestrado com a curta-metragem “Dios por en Cuello”, que lhe valeu a representação no SALÓN INTERNACIONAL DE LA LUZ, Bogotá, Colômbia e na BEYOND BORDERS – DIVERSITY IN CANNES, Cannes Film Festival, França.Os seus interesses estão também na área da escrita onde foi vencedor, três vezes consecutivas, do PRÉMIO NACIONAL JOVENS CRIADORES organizado pelo Clube Português de Artes e Ideias (CPAI), pelo Instituto da Juventude Português (IPJ) e pelo Ministério de Juventude e dos Desportos Português. 
 De trato afável e descontraído, falou no seu percurso de muito trabalho, persistência e determinação  incentivando a plateia a ler muito e a seguir os seus sonhos sem medo. 
Durante a conversa foi lido o conto “Quando os meus olhos eram pequenos”, pelos alunos Luísa Moreira e José Lopes e projetado um outro, dito pelo ator Miguel Guilherme no programa de televisão “História Devida”.Obrigada José Trigueiros pelo testemunho de vida e pela mensagem de coragem deixada aos nossos alunos!

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Encontro com...
José Trigueiros é um jovem escritor e cineasta barcelense com quem estivemos à conversa no dia 23 de maio. 
 Fez os seus estudos em Coimbra e Barcelona onde desenvolveu a sua tese de mestrado com a curta-metragem “Dios por en Cuello”, que lhe valeu a representação no SALÓN INTERNACIONAL DE LA LUZ, Bogotá, Colômbia e na BEYOND BORDERS – DIVERSITY IN CANNES, Cannes Film Festival, França.Os seus interesses estão também na área da escrita onde foi vencedor, três vezes consecutivas, do PRÉMIO NACIONAL JOVENS CRIADORES organizado pelo Clube Português de Artes e Ideias (CPAI), pelo Instituto da Juventude Português (IPJ) e pelo Ministério de Juventude e dos Desportos Português. 
 De trato afável e descontraído, falou no seu percurso de muito trabalho, persistência e determinação  incentivando a plateia a ler muito e a seguir os seus sonhos sem medo. 
Durante a conversa foi lido o conto “Quando os meus olhos eram pequenos”, pelos alunos Luísa Moreira e José Lopes e projetado um outro, dito pelo ator Miguel Guilherme no programa de televisão “História Devida”.Obrigada José Trigueiros pelo testemunho de vida e pela mensagem de coragem deixada aos nossos alunos!

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O Lugar da Poesia, por Bruno Cruz

Somos
Somos o que fazemos
Somos o que destruímos
Somos o que pensamos
Mas, no final, somos o quê?

Somos uma chama ardente
Somos cinzas esvoaçadas
Somos a noite escura
Mas, no final, somos o quê?

Somos olhares trocados
Somos sentimentos perdidos
Somos reflexos ondulados
Mas, no final, somos o quê?

Somos lágrimas caídas
Somos sorrisos falsos
Somos vidas errantes
Mas, no final, somos o quê?

Somos vidas perdidas
No desespero excessivo.
Mas, no final, somos o quê?
Somos aquilo que aprendemos.

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O Lugar da Poesia, por Bruno Cruz

Somos
Somos o que fazemos
Somos o que destruímos
Somos o que pensamos
Mas, no final, somos o quê?

Somos uma chama ardente
Somos cinzas esvoaçadas
Somos a noite escura
Mas, no final, somos o quê?

Somos olhares trocados
Somos sentimentos perdidos
Somos reflexos ondulados
Mas, no final, somos o quê?

Somos lágrimas caídas
Somos sorrisos falsos
Somos vidas errantes
Mas, no final, somos o quê?

Somos vidas perdidas
No desespero excessivo.
Mas, no final, somos o quê?
Somos aquilo que aprendemos.

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José Júlio Trigueiros, jovem barcelense,  promissor escritor e cineasta, vai estar na Biblioteca da Escola Sec/3 de Barcelinhos, no dia 23 de maio, pelas 10 horas para nos falar do seu trabalho e dos prémios já conquistados.   A sessão é pública.  


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José Júlio Trigueiros, jovem barcelense,  promissor escritor e cineasta, vai estar na Biblioteca da Escola Sec/3 de Barcelinhos, no dia 23 de maio, pelas 10 horas para nos falar do seu trabalho e dos prémios já conquistados.   A sessão é pública.  


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