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Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

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Vencedores do Concurso "Faça Lá um Poema" 2013

A nossa escola participou na fase final do concurso com os poemas "Ó Mar" da autoria de Luís Guilherme Ferreira Simões, pelo 3º ciclo e "Juro que sinto" de Cláudia Fernandes, pelo secundário. Embora não vencedores da fase final, mas vencedores a nível de escola, estes alunos merecem o reconhecimento público e os parabéns pelos belos poemas que criaram a propósito desta iniciativa.

  Ó Mar…
 Ó Mar, salgado és,
 levaste o amor
que procuro de lés a lés.

 Sempre com dor
 o tentei encontrar,
porque não mo devolves, ó Mar?

 Ó Mar, tu que distancias o amor,
deixa-me viver a vida,
 sentir o seu sabor.

 Águas doces correm para ti,
doce não é o meu amor,
roubaste-mo... resta a dor!

 Ó Mar, salgado és,
devolve-me o amor
contra todas as marés.

 Luís Guilherme Ferreira Simões, 9ºA

 Juro que sinto!
 E se águas calmas e transparentes
Refletem felizes o meu amor,
Sinto o coração gritar de dor
Enquanto juras que não mentes.

 E se os pássaros largam as sementes
E o vento pede para o sol se pôr,
Interrogo impaciente o Criador
Se florescerá em ti, e tu juras que sentes…

 Sentes a dor de um coração que grita,
A angústia de palavras que segredam,
O vazio frágil do infinito faminto…

 Então, reconheço em cada onda que fica
A voz dos que amam e não superam.
Crê que creio, juro que sinto!

 Cláudia Fernandes, 10º A

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Vencedores do Concurso "Faça Lá um Poema" 2013

A nossa escola participou na fase final do concurso com os poemas "Ó Mar" da autoria de Luís Guilherme Ferreira Simões, pelo 3º ciclo e "Juro que sinto" de Cláudia Fernandes, pelo secundário. Embora não vencedores da fase final, mas vencedores a nível de escola, estes alunos merecem o reconhecimento público e os parabéns pelos belos poemas que criaram a propósito desta iniciativa.

  Ó Mar…
 Ó Mar, salgado és,
 levaste o amor
que procuro de lés a lés.

 Sempre com dor
 o tentei encontrar,
porque não mo devolves, ó Mar?

 Ó Mar, tu que distancias o amor,
deixa-me viver a vida,
 sentir o seu sabor.

 Águas doces correm para ti,
doce não é o meu amor,
roubaste-mo... resta a dor!

 Ó Mar, salgado és,
devolve-me o amor
contra todas as marés.

 Luís Guilherme Ferreira Simões, 9ºA

 Juro que sinto!
 E se águas calmas e transparentes
Refletem felizes o meu amor,
Sinto o coração gritar de dor
Enquanto juras que não mentes.

 E se os pássaros largam as sementes
E o vento pede para o sol se pôr,
Interrogo impaciente o Criador
Se florescerá em ti, e tu juras que sentes…

 Sentes a dor de um coração que grita,
A angústia de palavras que segredam,
O vazio frágil do infinito faminto…

 Então, reconheço em cada onda que fica
A voz dos que amam e não superam.
Crê que creio, juro que sinto!

 Cláudia Fernandes, 10º A

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Meu Amigo Mar
Estás tão sereno, tão calmo, dia perfeito para desabafar contigo! Agradeço-te a oportunidade que me dás, por todos os bons momentos que passamos juntos. És o único que me ouve e que me responde com o teu esplêndido bramir, com o teu sussurro das areias, com o teu perfume das algas, com o teu respirar que me enlouquece. Deitas-me nos teus braços e flutuas-me no teu corpo, és meu e eu sou teu. Sou filho do mar, sou filho da terra. Em ti me vejo, em ti te sinto. Tu, que tens a capacidade de ser tão frio e tão quente, tão gélido e tão vaporoso, tão natural e tão perfeito, tão mágico e tão manso. Porque és tu tão diferente? Tens o poder de me tornar diferente… tranquilo e às vezes sinto-me como se estivesse noutro mundo. Sou aquele que no Verão imerge no teu refresco, delira com a tua espuma e veleja nas tuas montanhas. Ensinaste-me a noção de que o tempo que perdemos contigo não é tempo perdido, mas sim um ganho. Serves ainda de mimo e de descanso, pois tens a capacidade de atrair milhões durante toda a tua vida. Como é possível?Conta-me como é a tua casa!? Esse sítio maravilhoso maior do que onde eu vivo, esse local de belas criaturas, de sabor salgado, sereno e doce. Vivenciaste tantos povos, tantas histórias, tantas civilizações, tantos amores, tantas tristezas, tanto trabalho, tantas perdas. Foi em teu seio que se gerou a vida. Foi em teu seio que nós, seres vivos, nos geramos.Descalço-me, rebolo pelo teu corpo, sinto as pedras, o tato da natureza, sinto a vida, sinto o horizonte e a imensidão, sinto a frieza de quando estás triste, ou o quente de quando estás vivo.Dás-me peixe, dás-me algas, dás-me água, dás-me vida, dás-me alegria e ânimo, ensinas-me a sorrir e a voltar a enfrentar os problemas e a nunca desistir daquilo de que mais gostamos.Levanto-me sempre cedo e, se me perguntam se eu te vou visitar, eu respondo que sim. Mas antes de contactar com alguém, falo com o meu melhor amigo e desejo-lhe um bom dia pela janela do quarto, e sento-me na varanda a contemplá-lo. Corro pelos seus moinhos, pelo seu chão quente, sento-me sobre os rochedos íngremes moldados por ele e olho a maré e a espuma que fica na areia. Olho as gaivotas que sobrevoam sobre a minha cabeça, vejo o pescador ao longe, sinto o sol a nascer, ouço o sussurro do vento, vejo o nevoeiro ao longe, esqueço tudo, todos os problemas, confusões…Agora, aqui, sentado na areia, penso se um dia poderei dizer-te estas palavras de gratidão pelo amigo que te tornaste e pelas coisas que aprendi contigo, pelo tempo que corri contigo…Que uma onda leve esta carta e a entregue ao meu amigo.
Diários de escrita, por Flávio Oliveira

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Meu Amigo Mar
Estás tão sereno, tão calmo, dia perfeito para desabafar contigo! Agradeço-te a oportunidade que me dás, por todos os bons momentos que passamos juntos. És o único que me ouve e que me responde com o teu esplêndido bramir, com o teu sussurro das areias, com o teu perfume das algas, com o teu respirar que me enlouquece. Deitas-me nos teus braços e flutuas-me no teu corpo, és meu e eu sou teu. Sou filho do mar, sou filho da terra. Em ti me vejo, em ti te sinto. Tu, que tens a capacidade de ser tão frio e tão quente, tão gélido e tão vaporoso, tão natural e tão perfeito, tão mágico e tão manso. Porque és tu tão diferente? Tens o poder de me tornar diferente… tranquilo e às vezes sinto-me como se estivesse noutro mundo. Sou aquele que no Verão imerge no teu refresco, delira com a tua espuma e veleja nas tuas montanhas. Ensinaste-me a noção de que o tempo que perdemos contigo não é tempo perdido, mas sim um ganho. Serves ainda de mimo e de descanso, pois tens a capacidade de atrair milhões durante toda a tua vida. Como é possível?Conta-me como é a tua casa!? Esse sítio maravilhoso maior do que onde eu vivo, esse local de belas criaturas, de sabor salgado, sereno e doce. Vivenciaste tantos povos, tantas histórias, tantas civilizações, tantos amores, tantas tristezas, tanto trabalho, tantas perdas. Foi em teu seio que se gerou a vida. Foi em teu seio que nós, seres vivos, nos geramos.Descalço-me, rebolo pelo teu corpo, sinto as pedras, o tato da natureza, sinto a vida, sinto o horizonte e a imensidão, sinto a frieza de quando estás triste, ou o quente de quando estás vivo.Dás-me peixe, dás-me algas, dás-me água, dás-me vida, dás-me alegria e ânimo, ensinas-me a sorrir e a voltar a enfrentar os problemas e a nunca desistir daquilo de que mais gostamos.Levanto-me sempre cedo e, se me perguntam se eu te vou visitar, eu respondo que sim. Mas antes de contactar com alguém, falo com o meu melhor amigo e desejo-lhe um bom dia pela janela do quarto, e sento-me na varanda a contemplá-lo. Corro pelos seus moinhos, pelo seu chão quente, sento-me sobre os rochedos íngremes moldados por ele e olho a maré e a espuma que fica na areia. Olho as gaivotas que sobrevoam sobre a minha cabeça, vejo o pescador ao longe, sinto o sol a nascer, ouço o sussurro do vento, vejo o nevoeiro ao longe, esqueço tudo, todos os problemas, confusões…Agora, aqui, sentado na areia, penso se um dia poderei dizer-te estas palavras de gratidão pelo amigo que te tornaste e pelas coisas que aprendi contigo, pelo tempo que corri contigo…Que uma onda leve esta carta e a entregue ao meu amigo.
Diários de escrita, por Flávio Oliveira

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Dois Mundos
Existe o mundo do sonho e o mundo da realidade. Muitos preferem viver o mundo do sonho e acreditar que tudo é possível, outros abstraem-se totalmente do sonho e vivem somente a realidade onde tudo está definido por limites e obrigações.Não temos obrigatoriamente de escolher um só mundo, podemos e devemos conjugar os dois - o sonho e a realidade; acreditar que tudo é possível, conhecendo, ao mesmo tempo, os nossos limites. De facto, ninguém é feliz só com a realidade nem ninguém é feliz só com o sonho. Quando apenas vivemos com a realidade, não sonhamos, cumprimos só a rotina e não nos questionamos sobre o que realmente queremos, não questionamos os nossos desejos, apenas andamos para a frente como se tivéssemos a passar pela vida sem sequer a termos aproveitado - simplesmente não acreditamos em nós como pessoas que conseguem concretizar os sonhos. Quando apenas vivemos com o sonho, deixamo-nos iludir e pensamos que não há ninguém melhor, até acreditamos que somos capazes de voar de tanta confiança que temos em nós - somos ambiciosos e pensamos que conseguimos ultrapassar todos os obstáculos e não medimos as desilusões. Assim, estar num mundo ou estar noutro não nos traz o equilíbrio, por isso é que devemos abraçar os dois. Temos de acreditar em nós, nas nossas capacidades/talentos e explorá-los. Se formos realmente bons, por que razão não sonhar e tentar chegar mais longe? Não podemos, no entanto, sonhar com algo que não está ao nosso alcance, até podemos gostar muito de cantar, mas, se não somos suficientemente bons, como ter sucesso nisso? Por isso é que devemos sonhar mas também ter consciência dos nossos limites, porque há obstáculos que nunca conseguiremos ultrapassar! Não temos de ser melhores que ninguém, apenas marcar a diferença!
Diários de escrita, por Andreia Silva

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Dois Mundos
Existe o mundo do sonho e o mundo da realidade. Muitos preferem viver o mundo do sonho e acreditar que tudo é possível, outros abstraem-se totalmente do sonho e vivem somente a realidade onde tudo está definido por limites e obrigações.Não temos obrigatoriamente de escolher um só mundo, podemos e devemos conjugar os dois - o sonho e a realidade; acreditar que tudo é possível, conhecendo, ao mesmo tempo, os nossos limites. De facto, ninguém é feliz só com a realidade nem ninguém é feliz só com o sonho. Quando apenas vivemos com a realidade, não sonhamos, cumprimos só a rotina e não nos questionamos sobre o que realmente queremos, não questionamos os nossos desejos, apenas andamos para a frente como se tivéssemos a passar pela vida sem sequer a termos aproveitado - simplesmente não acreditamos em nós como pessoas que conseguem concretizar os sonhos. Quando apenas vivemos com o sonho, deixamo-nos iludir e pensamos que não há ninguém melhor, até acreditamos que somos capazes de voar de tanta confiança que temos em nós - somos ambiciosos e pensamos que conseguimos ultrapassar todos os obstáculos e não medimos as desilusões. Assim, estar num mundo ou estar noutro não nos traz o equilíbrio, por isso é que devemos abraçar os dois. Temos de acreditar em nós, nas nossas capacidades/talentos e explorá-los. Se formos realmente bons, por que razão não sonhar e tentar chegar mais longe? Não podemos, no entanto, sonhar com algo que não está ao nosso alcance, até podemos gostar muito de cantar, mas, se não somos suficientemente bons, como ter sucesso nisso? Por isso é que devemos sonhar mas também ter consciência dos nossos limites, porque há obstáculos que nunca conseguiremos ultrapassar! Não temos de ser melhores que ninguém, apenas marcar a diferença!
Diários de escrita, por Andreia Silva

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Sociedade
Paro no tempo e questiono, faço perguntas! Quem me visse assim pensaria que eu sou uma doida e que precisava de um plano médico, pois ninguém faz perguntas para o “ar”. Mas o que eu pretendia era mesmo não receber resposta, mas sim ações que me fizessem entender que ainda há solidariedade entre as pessoas, há respeito por entre as diferenças. O que eu queria era ver atos que me elucidassem de que a humanidade está unida. A mim, nem a ninguém devia afetar a opinião do outro, desde que essa fosse negativa. Todos nós gostamos de receber elogios e de ser pessoas queridas pelos outros, ser apreciadas e, acima de tudo, valorizadas. Não gosto que as pessoas restrinjam outras porque não gostam, mas que as mesmas aprendam a ver as qualidades das outras. Um ser pode ter inúmeros defeitos, mas tem de certeza grandes qualidades. E podem apontá-lo e discriminá-lo sem saberem que ele possui grandes qualidades. Não compreendo porquê que as pessoas julgam outras sem as conhecerem, e ainda praticarem injustiças sobre ela. Eu não sou perfeita nem algo que se pareça, por isso, tento corrigir todos os meus erros e não ser explosiva, mas sim escolher as palavras que digo para não magoar o outro. No entanto, às vezes gostava de ser um ser melhor. Será que as pessoas que revelam discriminação, xenofobia…não gostam de si próprias, estão revoltadas com a sua vida e sentem-se inferiores em relação a algo? Enfim, lá terão as suas razões, mas nada é motivo para a discriminação. É, sem dúvida, um dos problemas da nossa sociedade. Talvez se as pessoas refletissem sobre aquilo que fazem pudessem corrigir os seus erros.
Diários de escrita, por Sónia Santos

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Sociedade
Paro no tempo e questiono, faço perguntas! Quem me visse assim pensaria que eu sou uma doida e que precisava de um plano médico, pois ninguém faz perguntas para o “ar”. Mas o que eu pretendia era mesmo não receber resposta, mas sim ações que me fizessem entender que ainda há solidariedade entre as pessoas, há respeito por entre as diferenças. O que eu queria era ver atos que me elucidassem de que a humanidade está unida. A mim, nem a ninguém devia afetar a opinião do outro, desde que essa fosse negativa. Todos nós gostamos de receber elogios e de ser pessoas queridas pelos outros, ser apreciadas e, acima de tudo, valorizadas. Não gosto que as pessoas restrinjam outras porque não gostam, mas que as mesmas aprendam a ver as qualidades das outras. Um ser pode ter inúmeros defeitos, mas tem de certeza grandes qualidades. E podem apontá-lo e discriminá-lo sem saberem que ele possui grandes qualidades. Não compreendo porquê que as pessoas julgam outras sem as conhecerem, e ainda praticarem injustiças sobre ela. Eu não sou perfeita nem algo que se pareça, por isso, tento corrigir todos os meus erros e não ser explosiva, mas sim escolher as palavras que digo para não magoar o outro. No entanto, às vezes gostava de ser um ser melhor. Será que as pessoas que revelam discriminação, xenofobia…não gostam de si próprias, estão revoltadas com a sua vida e sentem-se inferiores em relação a algo? Enfim, lá terão as suas razões, mas nada é motivo para a discriminação. É, sem dúvida, um dos problemas da nossa sociedade. Talvez se as pessoas refletissem sobre aquilo que fazem pudessem corrigir os seus erros.
Diários de escrita, por Sónia Santos

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Sociedade vs sociedade
O contraste entre a sociedade de antigamente e a sociedade atual é muitíssimo acentuado. Iremos assim contrapor alguns aspetos que, indiscutivelmente, mudaram ao longo dos anos na vida mais pessoal dos nossos avós, bisavós e, quem sabe, mais antepassados.
Há meio século atrás os namoros eram banhados por imenso respeito. O local de namoro era nas escadas e, por vezes, à porta das suas casas. O homem não tinha permissão para beijar a amada e muito menos ousava tocar-lhe, nem no joelho. Caso esta barra fosse quebrada, o pai da namorada dispunha de toda a coragem para agredir o seu “futuro genro”.
Hoje em dia não existe um terço do respeito no namoro. Em muitos casos, há beijos até antes de namorar e este ato tornou-se tão vulgar e natural nos relacionamentos como dormirmos todos os dias. Nos dias de hoje, se o pai da namorada ousasse bater no namorado da filha, era visto (com um pequeno exagero) como um criminoso.
A relação entre pais e filhos também sofreu uma grande mudança. Antigamente os pais impunham uma certa distância entre si e os seus filhos, não havendo a confiança que hoje é visível no seio familiar. Havia mais disciplina, respeito e obediência por parte dos filhos e, se os adolescentes de há meio século atrás ousassem ter certas atitudes (de indisciplina) tais como têm os adolescentes atuais, acabariam, por certo, com nódoas negras. Os mais novos temiam os pais e, portanto, comportavam-se com toda a educação possível.
Nos dias de hoje, os jovens são cada vez mais indisciplinados, têm reações de má educação e já não cumprem com todo o rigor os ensinamentos dos seus pais... Em suma, os filhos de hoje têm mais confiança com os pais, confiança esta que antigamente era completamente impensável.
Quanto às refeições, por cada três pessoas havia uma sardinha. Ora, hoje em dia (na maior parte das casas) as mesas estão recheadas de saborosos pratos e, muitas vezes, são deitados fora restos de comida que, quando comparados à pequena porção de sardinha a que cada um tinha direito, são um verdadeiro manjar!
Os inúmeros brinquedos espalhados pelas casas das crianças de hoje são um panorama que não era visível nas casas de antigamente. As crianças faziam os seus próprios brinquedos, tais como bonecas de trapo, carrinhos de casca de pinheiro, entre outros. Hoje em dia, há brinquedos telecomandados, jogos de playstation... Uma infinidade de coisas que não se imaginava poder vir a existir.
Como veem a sociedade deu uma volta de 180 graus, mudando positivamente em alguns aspetos e negativamente noutros.
Diários de escrita "Ler em Português", por Luísa Moreira, Raquel e Dany

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Sociedade vs sociedade
O contraste entre a sociedade de antigamente e a sociedade atual é muitíssimo acentuado. Iremos assim contrapor alguns aspetos que, indiscutivelmente, mudaram ao longo dos anos na vida mais pessoal dos nossos avós, bisavós e, quem sabe, mais antepassados.
Há meio século atrás os namoros eram banhados por imenso respeito. O local de namoro era nas escadas e, por vezes, à porta das suas casas. O homem não tinha permissão para beijar a amada e muito menos ousava tocar-lhe, nem no joelho. Caso esta barra fosse quebrada, o pai da namorada dispunha de toda a coragem para agredir o seu “futuro genro”.
Hoje em dia não existe um terço do respeito no namoro. Em muitos casos, há beijos até antes de namorar e este ato tornou-se tão vulgar e natural nos relacionamentos como dormirmos todos os dias. Nos dias de hoje, se o pai da namorada ousasse bater no namorado da filha, era visto (com um pequeno exagero) como um criminoso.
A relação entre pais e filhos também sofreu uma grande mudança. Antigamente os pais impunham uma certa distância entre si e os seus filhos, não havendo a confiança que hoje é visível no seio familiar. Havia mais disciplina, respeito e obediência por parte dos filhos e, se os adolescentes de há meio século atrás ousassem ter certas atitudes (de indisciplina) tais como têm os adolescentes atuais, acabariam, por certo, com nódoas negras. Os mais novos temiam os pais e, portanto, comportavam-se com toda a educação possível.
Nos dias de hoje, os jovens são cada vez mais indisciplinados, têm reações de má educação e já não cumprem com todo o rigor os ensinamentos dos seus pais... Em suma, os filhos de hoje têm mais confiança com os pais, confiança esta que antigamente era completamente impensável.
Quanto às refeições, por cada três pessoas havia uma sardinha. Ora, hoje em dia (na maior parte das casas) as mesas estão recheadas de saborosos pratos e, muitas vezes, são deitados fora restos de comida que, quando comparados à pequena porção de sardinha a que cada um tinha direito, são um verdadeiro manjar!
Os inúmeros brinquedos espalhados pelas casas das crianças de hoje são um panorama que não era visível nas casas de antigamente. As crianças faziam os seus próprios brinquedos, tais como bonecas de trapo, carrinhos de casca de pinheiro, entre outros. Hoje em dia, há brinquedos telecomandados, jogos de playstation... Uma infinidade de coisas que não se imaginava poder vir a existir.
Como veem a sociedade deu uma volta de 180 graus, mudando positivamente em alguns aspetos e negativamente noutros.
Diários de escrita "Ler em Português", por Luísa Moreira, Raquel e Dany

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