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Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Diários de escrita, por Carolina Gonçalves, 12º B


Time And RelativeDimension In Space
         Quando eu estava no 1º ciclo, erafrequente escrevermos redações sobre o tema do texto que tinha introduzido amatéria. Escrevi imensas composições dessas. Talvez dezenas. Mas recordo-me somentede uma. Era sobre viagens ao futuro.
Nunca me saiu da cabeça. Estevesempre na sombra, escondida nos recantos das minhas memórias, mas estavapresente. Nunca a poderia esquecer. Como poderia? Era a minha preferida. Aminha obra de arte.
Durante algum tempo, pensei queera a minha mensagem sobre ambientalismo. E achei que era por isso que gostavatanto dela. A professora tinha-nos pedido para escrever sobre uma viagem notempo, e eu imaginei uma viagem ao futuro em que a protagonista se deparava comum mundo extremamente poluído, dominado por robôs e em que a Humanidade estavaperdida (sempre fui um poço de otimismo, no entanto, hoje em dia, acho que ofuturo vai ser pouco diferente, apenas sem os robôs, que não temos tempo dedesenvolver tecnologia tão avançada).
Alguns anos volvidos, eu sei que nãoera a lição sobre proteger o ambiente que me ligava tanto a esta história. Eraa ideia de viagem no tempo.
E a razão pela qual a viagem notempo me fascina tanto é a de que eu não consigo verdadeiramente compreender oque é o tempo. Apenas sei que este pura e simplesmente é, que forma uma íntimadualidade com o espaço e que tem tantos e tão complexos paradoxos que jáfizeram muitos cérebros dar o nó. Incluindo o meu, como é claro.
O que me levou a fazer algumasperguntas. O tempo é linear? (Tendemos a pensar assim, mas parece-me uma visãodemasiado simplista.) É possível viajar no tempo? (Não faço ideia, mas espero mesmoque sim. É um dos meus sonhos de infância.) E esta conduz a várias outrasperguntas: se viajar no tempo é possível, porquê que ainda não vimos ninguém dofuturo? Ou então, podemos mudar o passado? Oh, mais uma das difíceis.
Há várias respostas. Se eu for aopassado para mudar alguma coisa e for bem-sucedida, deixo de ter razões paramudar o passado, pelo que não viajo no tempo, e assim o passado não muda evolto à situação original e viajo no tempo para mudar o que aconteceu e por aífora num ciclo interminável. Eu poderia até impedir o meu próprio nascimento,levando a uma situação semelhante. Outro cenário é o de que eu vou atrás notempo e acabo por ser eu a causar os acontecimentos que já se tinham passado e,nesse caso, é impossível mudar a História.
E quanto ao futuro? (Bem, opassado não é já complicado que chegue?) Se eu souber o futuro, este ainda vaiser o mesmo? Ou as coisas só acontecem porque eu sei que sim? Ou nenhuma dasduas?
Ninguém sabe as respostas a estasperguntas. Desconfio que no dia em que alguém conseguir perceber o que é e comofunciona o tempo, fica provada a (in)existência de Deus e explicado o universo,pelo que este implode por falta de mistérios.
Procurando impedir esse colapsoda existência (assumindo que não fazemos parte de um multiverso), eu vou recuarno tempo e impedir-me de escrever isto (não vá alguém começar a pensar noassunto, ter uma epifania e encontrar as respostas). Talvez possa aproveitarmelhor este tempo para ver the Doctore a sua caixinha azul.



Diários de escrita, por Carolina Gonçalves, 12º B


Time And RelativeDimension In Space
         Quando eu estava no 1º ciclo, erafrequente escrevermos redações sobre o tema do texto que tinha introduzido amatéria. Escrevi imensas composições dessas. Talvez dezenas. Mas recordo-me somentede uma. Era sobre viagens ao futuro.
Nunca me saiu da cabeça. Estevesempre na sombra, escondida nos recantos das minhas memórias, mas estavapresente. Nunca a poderia esquecer. Como poderia? Era a minha preferida. Aminha obra de arte.
Durante algum tempo, pensei queera a minha mensagem sobre ambientalismo. E achei que era por isso que gostavatanto dela. A professora tinha-nos pedido para escrever sobre uma viagem notempo, e eu imaginei uma viagem ao futuro em que a protagonista se deparava comum mundo extremamente poluído, dominado por robôs e em que a Humanidade estavaperdida (sempre fui um poço de otimismo, no entanto, hoje em dia, acho que ofuturo vai ser pouco diferente, apenas sem os robôs, que não temos tempo dedesenvolver tecnologia tão avançada).
Alguns anos volvidos, eu sei que nãoera a lição sobre proteger o ambiente que me ligava tanto a esta história. Eraa ideia de viagem no tempo.
E a razão pela qual a viagem notempo me fascina tanto é a de que eu não consigo verdadeiramente compreender oque é o tempo. Apenas sei que este pura e simplesmente é, que forma uma íntimadualidade com o espaço e que tem tantos e tão complexos paradoxos que jáfizeram muitos cérebros dar o nó. Incluindo o meu, como é claro.
O que me levou a fazer algumasperguntas. O tempo é linear? (Tendemos a pensar assim, mas parece-me uma visãodemasiado simplista.) É possível viajar no tempo? (Não faço ideia, mas espero mesmoque sim. É um dos meus sonhos de infância.) E esta conduz a várias outrasperguntas: se viajar no tempo é possível, porquê que ainda não vimos ninguém dofuturo? Ou então, podemos mudar o passado? Oh, mais uma das difíceis.
Há várias respostas. Se eu for aopassado para mudar alguma coisa e for bem-sucedida, deixo de ter razões paramudar o passado, pelo que não viajo no tempo, e assim o passado não muda evolto à situação original e viajo no tempo para mudar o que aconteceu e por aífora num ciclo interminável. Eu poderia até impedir o meu próprio nascimento,levando a uma situação semelhante. Outro cenário é o de que eu vou atrás notempo e acabo por ser eu a causar os acontecimentos que já se tinham passado e,nesse caso, é impossível mudar a História.
E quanto ao futuro? (Bem, opassado não é já complicado que chegue?) Se eu souber o futuro, este ainda vaiser o mesmo? Ou as coisas só acontecem porque eu sei que sim? Ou nenhuma dasduas?
Ninguém sabe as respostas a estasperguntas. Desconfio que no dia em que alguém conseguir perceber o que é e comofunciona o tempo, fica provada a (in)existência de Deus e explicado o universo,pelo que este implode por falta de mistérios.
Procurando impedir esse colapsoda existência (assumindo que não fazemos parte de um multiverso), eu vou recuarno tempo e impedir-me de escrever isto (não vá alguém começar a pensar noassunto, ter uma epifania e encontrar as respostas). Talvez possa aproveitarmelhor este tempo para ver the Doctore a sua caixinha azul.



Em novembro, a BE sugere

Sinopse
O protagonista do primeiro livro infantil de José Luís Peixoto é filho dachuva. Com uma mãe tão original, tão necessária a todos, tem de aprender apartilhar com o mundo aquilo que lhe é mais importante: o amor materno. Atravésde uma ternura invulgar, de poesia e de uma simplicidade desarmante, este livrohomenageia e exalta uma das forças mais poderosas da natureza: o amorincondicional das mães.
A Mãe Que Chovia de José Luís Peixoto



Sinopse
A mulher que prendeu a chuva reúne 14 contos que partem da vida quotidianamas se abrem, insensivelmente, a outros mundos - oníricos, fantásticos,terríveis ou absurdos - que nem por isso deixam de nos pertencer e de ser olugar onde habitamos.
A mulher que prendeu a chuva de Teolinda Gersão

Em novembro, a BE sugere

Sinopse
O protagonista do primeiro livro infantil de José Luís Peixoto é filho dachuva. Com uma mãe tão original, tão necessária a todos, tem de aprender apartilhar com o mundo aquilo que lhe é mais importante: o amor materno. Atravésde uma ternura invulgar, de poesia e de uma simplicidade desarmante, este livrohomenageia e exalta uma das forças mais poderosas da natureza: o amorincondicional das mães.
A Mãe Que Chovia de José Luís Peixoto



Sinopse
A mulher que prendeu a chuva reúne 14 contos que partem da vida quotidianamas se abrem, insensivelmente, a outros mundos - oníricos, fantásticos,terríveis ou absurdos - que nem por isso deixam de nos pertencer e de ser olugar onde habitamos.
A mulher que prendeu a chuva de Teolinda Gersão

Diários de escrita, por Pedro Lopes, 12º B

             
                Não vou falar de um herói, mas, sim, de uma heroína, uma heroínatranscendente a quem devemos tudo o que temos, mas nem sempre lhe damos o valordevido, apesar dos constantes avisos que ela nos envia. O seu nome é Natureza.
                Esta heroína é,na minha opinião, a nossa criadora, a verdadeira Mãe Natureza. Tudo de belo queexiste no nosso mundo a ela pertence. Desde os rios, aos mares, às plantas,animais, até nós mesmos somos fruto da nossa Natureza.
                Mas nem tudo é ummar de rosas, por vezes, temos tendência a superiorizar-nos à Natureza. Talvezsejamos inteligentes demais, talvez estúpidos demais, a verdade é esta: ANatureza dá-nos comida, água, oxigénio, ela dá-nos vida; é a nossa heroína. Masnão é isto que as pessoas veem. Para muitas, a Natureza não passa de uma vilã,pois manda furacões, tempestades, terramotos e por aí adiante. Se eu fosse aNatureza, certamente não estaria contente também. Ela dá-nos um rio, nóspoluímos, Ela dá-nos florestas, nós destruímos. Como poderá ela não respondernegativamente? Eu até acho que está a ser paciente demais, o que revela bem asua faceta heroica. Os culpados? Ser humano, e só ele mesmo, demasiadoambicioso, demasiado convencido, demasiado mesquinha. Também existem exceções,e essas são quem eu considero os ‘super’ heróis, pois veem a realidade,enquanto o resto do mundo vive cego, numa rotina, sem ter tempo para pensar noque está a acontecer.
                E assim acho queestamos a subestimar e desvalorizar a nossa única verdadeira heroína, semficção, pura realidade. E a verdade é que a sociedade de hoje abusa, e esteabuso poderá ser o nosso fim.


Diários de escrita, por Pedro Lopes, 12º B

             
                Não vou falar de um herói, mas, sim, de uma heroína, uma heroínatranscendente a quem devemos tudo o que temos, mas nem sempre lhe damos o valordevido, apesar dos constantes avisos que ela nos envia. O seu nome é Natureza.
                Esta heroína é,na minha opinião, a nossa criadora, a verdadeira Mãe Natureza. Tudo de belo queexiste no nosso mundo a ela pertence. Desde os rios, aos mares, às plantas,animais, até nós mesmos somos fruto da nossa Natureza.
                Mas nem tudo é ummar de rosas, por vezes, temos tendência a superiorizar-nos à Natureza. Talvezsejamos inteligentes demais, talvez estúpidos demais, a verdade é esta: ANatureza dá-nos comida, água, oxigénio, ela dá-nos vida; é a nossa heroína. Masnão é isto que as pessoas veem. Para muitas, a Natureza não passa de uma vilã,pois manda furacões, tempestades, terramotos e por aí adiante. Se eu fosse aNatureza, certamente não estaria contente também. Ela dá-nos um rio, nóspoluímos, Ela dá-nos florestas, nós destruímos. Como poderá ela não respondernegativamente? Eu até acho que está a ser paciente demais, o que revela bem asua faceta heroica. Os culpados? Ser humano, e só ele mesmo, demasiadoambicioso, demasiado convencido, demasiado mesquinha. Também existem exceções,e essas são quem eu considero os ‘super’ heróis, pois veem a realidade,enquanto o resto do mundo vive cego, numa rotina, sem ter tempo para pensar noque está a acontecer.
                E assim acho queestamos a subestimar e desvalorizar a nossa única verdadeira heroína, semficção, pura realidade. E a verdade é que a sociedade de hoje abusa, e esteabuso poderá ser o nosso fim.