Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Diários de escrita, por Pedro Lopes, 12º B

             
                Não vou falar de um herói, mas, sim, de uma heroína, uma heroínatranscendente a quem devemos tudo o que temos, mas nem sempre lhe damos o valordevido, apesar dos constantes avisos que ela nos envia. O seu nome é Natureza.
                Esta heroína é,na minha opinião, a nossa criadora, a verdadeira Mãe Natureza. Tudo de belo queexiste no nosso mundo a ela pertence. Desde os rios, aos mares, às plantas,animais, até nós mesmos somos fruto da nossa Natureza.
                Mas nem tudo é ummar de rosas, por vezes, temos tendência a superiorizar-nos à Natureza. Talvezsejamos inteligentes demais, talvez estúpidos demais, a verdade é esta: ANatureza dá-nos comida, água, oxigénio, ela dá-nos vida; é a nossa heroína. Masnão é isto que as pessoas veem. Para muitas, a Natureza não passa de uma vilã,pois manda furacões, tempestades, terramotos e por aí adiante. Se eu fosse aNatureza, certamente não estaria contente também. Ela dá-nos um rio, nóspoluímos, Ela dá-nos florestas, nós destruímos. Como poderá ela não respondernegativamente? Eu até acho que está a ser paciente demais, o que revela bem asua faceta heroica. Os culpados? Ser humano, e só ele mesmo, demasiadoambicioso, demasiado convencido, demasiado mesquinha. Também existem exceções,e essas são quem eu considero os ‘super’ heróis, pois veem a realidade,enquanto o resto do mundo vive cego, numa rotina, sem ter tempo para pensar noque está a acontecer.
                E assim acho queestamos a subestimar e desvalorizar a nossa única verdadeira heroína, semficção, pura realidade. E a verdade é que a sociedade de hoje abusa, e esteabuso poderá ser o nosso fim.


Diários de escrita, por Pedro Lopes, 12º B

             
                Não vou falar de um herói, mas, sim, de uma heroína, uma heroínatranscendente a quem devemos tudo o que temos, mas nem sempre lhe damos o valordevido, apesar dos constantes avisos que ela nos envia. O seu nome é Natureza.
                Esta heroína é,na minha opinião, a nossa criadora, a verdadeira Mãe Natureza. Tudo de belo queexiste no nosso mundo a ela pertence. Desde os rios, aos mares, às plantas,animais, até nós mesmos somos fruto da nossa Natureza.
                Mas nem tudo é ummar de rosas, por vezes, temos tendência a superiorizar-nos à Natureza. Talvezsejamos inteligentes demais, talvez estúpidos demais, a verdade é esta: ANatureza dá-nos comida, água, oxigénio, ela dá-nos vida; é a nossa heroína. Masnão é isto que as pessoas veem. Para muitas, a Natureza não passa de uma vilã,pois manda furacões, tempestades, terramotos e por aí adiante. Se eu fosse aNatureza, certamente não estaria contente também. Ela dá-nos um rio, nóspoluímos, Ela dá-nos florestas, nós destruímos. Como poderá ela não respondernegativamente? Eu até acho que está a ser paciente demais, o que revela bem asua faceta heroica. Os culpados? Ser humano, e só ele mesmo, demasiadoambicioso, demasiado convencido, demasiado mesquinha. Também existem exceções,e essas são quem eu considero os ‘super’ heróis, pois veem a realidade,enquanto o resto do mundo vive cego, numa rotina, sem ter tempo para pensar noque está a acontecer.
                E assim acho queestamos a subestimar e desvalorizar a nossa única verdadeira heroína, semficção, pura realidade. E a verdade é que a sociedade de hoje abusa, e esteabuso poderá ser o nosso fim.


Artur Roriz, um Barcelense antifascista

DSCN3569
No âmbito das atividades desenvolvidas para assinalar o MêsInternacional das Bibliotecas Escolares, esteve presente na escola, oInvestigador e Bibliotecário, D.r Victor Pinho, para assinalar os 50 anos da morte de ArturRoriz, um combatente antifascista, uma das figuras barcelensesmais interessantes do século passado.
Herdeiro dos ideais republicanosdo Cinco de Outubro, manteve-se sempre fiel a esses princípios e foi sempreum democrata.
Participou, activamente, no combate ao regime ditatorial que vigorou, emPortugal, durante quarenta e oito anosderrubado pelo vinte e cinco de Abril. Por isso, foi perseguido e conheceu a prisão.
Homem de carater e culto, foium corajoso jornalista e um distinto poeta, tendo sido co-autor de duas peças de teatro de revista levadas ao palco no teatroGil Vicente.
Foi primeiro comandante dos Bombeiros Voluntários de Barcelos,de 1936 a 1942,Inspector de Incêndios e Delegado Distrital da Liga dos Bombeiros Portugueses .
Nesta cidade, exerceu o cargo decorrespondente do diárioportuense "O Primeiro de Janeiro ".
Distinto poeta, deixou no semanário local "AVerdade", que foi fundado, em 30 de Março de 1922, e dirigido por si. algumas belaspoesias, com o pseudônimo de Afonso Gorky.
Republicano Histórico, pertenceu ao MUD Movimentode Unidade Democráticaque apoiou as candidaturas à Presidência da República de Norton de Matos (1949)e de Humberto Delgado (1958).
Perseguido pela Pide, chegou mesmo a estar detido.Aquela polícia política tentou prendê-lo, por diversas vezes, em sua casa,no largo José Novais, onde funciona actualmente o posto de Turismo. Acercadisso contam-se algumas histórias. Uma vez, disfarçou-se de padre e saiu semque os agentes se apercebessem da sua verdadeira identidade. De outra vez,saltou para o quintal da casa ao lado, Casa dos Machados da Maia (actualBiblioteca Municipal), onde funcionava um lar de idosas e aí permaneceu. Tendo deslocado um osso da perna foi socorridopelo seu amigo Dr. Francisco Torres quelhe prestou os primeiros socorros, tendo depois saído em maça, para a sua residência, no meio de muita gente que enchia olargo onde morava e que se regozijava com o facto de não ter sido detido.
Amigo de Abel Salazar, acompanhou-o, em Janeirode 1939, numa visita à nossa cidade, à feira e aos oleiros.
Artur Cândido Roriz Pereira nasceu em Barcelos, em 5de Março de 1891 e faleceu, na mesma localidade, na sua residência, nolargo José Novais. em 30 de Outubro de 1962.
Frequentou o Externato Barcelense e, em Outubro de1917, em Guimarães, no liceu Martins Sarmento, fez exame do 3° ano do cursogeral dos liceus.
Foi gerente da livraria A.B.C., do Porto, a partir de Outubro de 1930,tendo ainda trabalhado na Tipografia"Minerva de Famalicão", do democrata José Casimiro da Silva
Casou com Júlia Gonçalves Ramos RorizPereira, em 11 de Janeiro de 1934, de quem teve descendência.
Jornalista distinto e brilhante,fundou e dirigiu as publicações barcelenses, "O Despertar'' (1909) eo semanário "A Verdade"(1922), tendo sido ainda redactor de "AOpinião"(1931).Colaborou ainda em outros jornais, designadamente em "O Barcelense".
Foi autor, juntamente com Décio Nunes e AugustoSoucasaux, das peças de teatro de revista "Ai que Treta SeMariquinhas" e "Ou Vai Ou Racha" que foram representadas noteatro Gil Vicente, respectivamente em 1935 e 1955.
Exerceu, pelo menos por três vezes, o cargo deadministrador do concelho de Barcelos, durante a 1a República.
A sua acção a favor do voluntariado,designadamente através de escritos em jornais, foi reconhecida pelo ConselhoAdministrativo e Técnico da Liga dos Bombeiros Portugueses que, em sessão de 5 deJulho de 1937, exarou um voto de profundo reconhecimento.
Em Janeiro de 1939, foi nomeado comandante honorário da Associaçãodos Bombeiros da Póvoa de Varzim e em 22 de Agosto de 1945, foi empossado como Comandante Honoráriodos Bombeiros Voluntários de Esposende.
Foi condecorado com a medalha de prata doInstituto de Socorros a Náufragos, em Dezembro de 1939.
Quando morreu, era funcionário superior daCompanhia Editora do Minho, responsável pela revisão de textos dos livros aeditar e director da Empresa Teatral Gil Vicente.
O escritor barcelense FernandoLopes recorda-o, descrevendo-nos o seu retrato físico:
"Tantas vezesali entrei, naquele escritório do rés-do-chão. Eu, um jovem ainda. Ele...Bem, sempre oconheci daquele jeito: um físico seco e sobre o miúdo, o rosto magro, nariz adunco, farta cabeleiragrisalha subindo em cascata de ondas, os olhos claros e vivíssimos, límpidos, irrequietos... Um jovem que nunca pudeentender calhado no fato escuro,sempre escuro, que a mim parecia vir dos tempos da República. Um jovem, sim, apesar de marcado pelos anos, umagenica nos gestos, um verbo de fogo, umacapacidade enorme de acreditar nos homens, no futuro, na vida. Homem que vinha dos tempos, para mim recuadíssimos, da propagandarepublicana, democrata, resistente no fascismo até á morte... "(...) "...indiscutivelmente uma das poucas figuras "históricas" da cidade. Um dos homens que Barcelos, semdesonrar-se, não pode esquecer." ("ArturRoriz: um resistente, um amigo", in "Barcelos Popular". n°75, ano 3,13/09/1979).
O jornalista Homero Serpa relata que ArturRoriz Pereira, simpatizante da causa dos Aliados, durante a segunda-guerramundial, desempregado e com a promessa de um bom emprego, fez espionagem para os ingleses e divulgou propagandainglesa. ("Cândido de Oliveira:Uma Biografia", 2000). A Pide prendeu-o em 21 de Janeiro de 1942 e sóregressaria da prisão em Março de 1944, mas já não era 1° Comandante dos BombeirosVoluntários de Barcelos.
Artur Roriz bateu-se sempre pelos seus ideais,um Barcelense Ilustre que está consagrado na toponímia da freguesia de Arcozelo.
                                                                                                          Texto: Victor Pinho
          Esta conferência, foi o culminar das várias iniciativas programadas para oMês Internacional das Bibliotecas Escolares. 
type = "application / x - shockwave-flash" allowscriptaccess = "always" allowfullscreen = "true" width = "400" height = "300" >

Artur Roriz, um Barcelense antifascista

DSCN3569
No âmbito das atividades desenvolvidas para assinalar o MêsInternacional das Bibliotecas Escolares, esteve presente na escola, oInvestigador e Bibliotecário, D.r Victor Pinho, para assinalar os 50 anos da morte de ArturRoriz, um combatente antifascista, uma das figuras barcelensesmais interessantes do século passado.
Herdeiro dos ideais republicanosdo Cinco de Outubro, manteve-se sempre fiel a esses princípios e foi sempreum democrata.
Participou, activamente, no combate ao regime ditatorial que vigorou, emPortugal, durante quarenta e oito anosderrubado pelo vinte e cinco de Abril. Por isso, foi perseguido e conheceu a prisão.
Homem de carater e culto, foium corajoso jornalista e um distinto poeta, tendo sido co-autor de duas peças de teatro de revista levadas ao palco no teatroGil Vicente.
Foi primeiro comandante dos Bombeiros Voluntários de Barcelos,de 1936 a 1942,Inspector de Incêndios e Delegado Distrital da Liga dos Bombeiros Portugueses .
Nesta cidade, exerceu o cargo decorrespondente do diárioportuense "O Primeiro de Janeiro ".
Distinto poeta, deixou no semanário local "AVerdade", que foi fundado, em 30 de Março de 1922, e dirigido por si. algumas belaspoesias, com o pseudônimo de Afonso Gorky.
Republicano Histórico, pertenceu ao MUD Movimentode Unidade Democráticaque apoiou as candidaturas à Presidência da República de Norton de Matos (1949)e de Humberto Delgado (1958).
Perseguido pela Pide, chegou mesmo a estar detido.Aquela polícia política tentou prendê-lo, por diversas vezes, em sua casa,no largo José Novais, onde funciona actualmente o posto de Turismo. Acercadisso contam-se algumas histórias. Uma vez, disfarçou-se de padre e saiu semque os agentes se apercebessem da sua verdadeira identidade. De outra vez,saltou para o quintal da casa ao lado, Casa dos Machados da Maia (actualBiblioteca Municipal), onde funcionava um lar de idosas e aí permaneceu. Tendo deslocado um osso da perna foi socorridopelo seu amigo Dr. Francisco Torres quelhe prestou os primeiros socorros, tendo depois saído em maça, para a sua residência, no meio de muita gente que enchia olargo onde morava e que se regozijava com o facto de não ter sido detido.
Amigo de Abel Salazar, acompanhou-o, em Janeirode 1939, numa visita à nossa cidade, à feira e aos oleiros.
Artur Cândido Roriz Pereira nasceu em Barcelos, em 5de Março de 1891 e faleceu, na mesma localidade, na sua residência, nolargo José Novais. em 30 de Outubro de 1962.
Frequentou o Externato Barcelense e, em Outubro de1917, em Guimarães, no liceu Martins Sarmento, fez exame do 3° ano do cursogeral dos liceus.
Foi gerente da livraria A.B.C., do Porto, a partir de Outubro de 1930,tendo ainda trabalhado na Tipografia"Minerva de Famalicão", do democrata José Casimiro da Silva
Casou com Júlia Gonçalves Ramos RorizPereira, em 11 de Janeiro de 1934, de quem teve descendência.
Jornalista distinto e brilhante,fundou e dirigiu as publicações barcelenses, "O Despertar'' (1909) eo semanário "A Verdade"(1922), tendo sido ainda redactor de "AOpinião"(1931).Colaborou ainda em outros jornais, designadamente em "O Barcelense".
Foi autor, juntamente com Décio Nunes e AugustoSoucasaux, das peças de teatro de revista "Ai que Treta SeMariquinhas" e "Ou Vai Ou Racha" que foram representadas noteatro Gil Vicente, respectivamente em 1935 e 1955.
Exerceu, pelo menos por três vezes, o cargo deadministrador do concelho de Barcelos, durante a 1a República.
A sua acção a favor do voluntariado,designadamente através de escritos em jornais, foi reconhecida pelo ConselhoAdministrativo e Técnico da Liga dos Bombeiros Portugueses que, em sessão de 5 deJulho de 1937, exarou um voto de profundo reconhecimento.
Em Janeiro de 1939, foi nomeado comandante honorário da Associaçãodos Bombeiros da Póvoa de Varzim e em 22 de Agosto de 1945, foi empossado como Comandante Honoráriodos Bombeiros Voluntários de Esposende.
Foi condecorado com a medalha de prata doInstituto de Socorros a Náufragos, em Dezembro de 1939.
Quando morreu, era funcionário superior daCompanhia Editora do Minho, responsável pela revisão de textos dos livros aeditar e director da Empresa Teatral Gil Vicente.
O escritor barcelense FernandoLopes recorda-o, descrevendo-nos o seu retrato físico:
"Tantas vezesali entrei, naquele escritório do rés-do-chão. Eu, um jovem ainda. Ele...Bem, sempre oconheci daquele jeito: um físico seco e sobre o miúdo, o rosto magro, nariz adunco, farta cabeleiragrisalha subindo em cascata de ondas, os olhos claros e vivíssimos, límpidos, irrequietos... Um jovem que nunca pudeentender calhado no fato escuro,sempre escuro, que a mim parecia vir dos tempos da República. Um jovem, sim, apesar de marcado pelos anos, umagenica nos gestos, um verbo de fogo, umacapacidade enorme de acreditar nos homens, no futuro, na vida. Homem que vinha dos tempos, para mim recuadíssimos, da propagandarepublicana, democrata, resistente no fascismo até á morte... "(...) "...indiscutivelmente uma das poucas figuras "históricas" da cidade. Um dos homens que Barcelos, semdesonrar-se, não pode esquecer." ("ArturRoriz: um resistente, um amigo", in "Barcelos Popular". n°75, ano 3,13/09/1979).
O jornalista Homero Serpa relata que ArturRoriz Pereira, simpatizante da causa dos Aliados, durante a segunda-guerramundial, desempregado e com a promessa de um bom emprego, fez espionagem para os ingleses e divulgou propagandainglesa. ("Cândido de Oliveira:Uma Biografia", 2000). A Pide prendeu-o em 21 de Janeiro de 1942 e sóregressaria da prisão em Março de 1944, mas já não era 1° Comandante dos BombeirosVoluntários de Barcelos.
Artur Roriz bateu-se sempre pelos seus ideais,um Barcelense Ilustre que está consagrado na toponímia da freguesia de Arcozelo.
                                                                                                          Texto: Victor Pinho
          Esta conferência, foi o culminar das várias iniciativas programadas para oMês Internacional das Bibliotecas Escolares. 
type = "application / x - shockwave-flash" allowscriptaccess = "always" allowfullscreen = "true" width = "400" height = "300" >