Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Diários de Escrita, por Alice Loureiro, 12º A


Serportuguês tem múltiplos e diferentes significados para cada um de nós. Para uns,é bom, para outros, mau. Pessoa mostra o que é ser português e o que deve serportuguês, o que deve marcar e marca o povo deste pequeno recanto da Europa. Nasua perspetiva e na de seus heterónimos, Fernando Pessoa expõe aquilo que achaque faz Portugal e os portugueses.
ComCaeiro sentimo-nos eternos, mas quem nos diz que não o poderemos ser? Bastamarcar a eternidade como o próprio Pessoa fez com os seus poemas. Com Campostransformamos o quotidiano em aventura, “aventura labiríntica”, em que omoderno, novo e desafiador nos provoca para a ação - uma coisa que ultimamentepouco se vê – que nos excita, exalta e entusiasma para viver a aventura edesfrutar a sensação de vitória e sucesso. Com Reis desfrutamos o presente, omomento. Vivemos as coisas boas, fugimos à dor. Por isso o fado não é umacanção triste, simplesmente é “a tristeza feita verbo”. Com a Mensagem imaginamos aquilo que,infelizmente, não fomos, mas com a esperança de um dia virmos a ser.
Portugalfoi protagonista de grandes feitos e admiráveis conquistas, mas também passoupor momentos menos bons. Pessoalmente,acho que nós somos um povo dotado de uma cultura riquíssima, isto porque somosum povo criativo, que gosta de viver a emoção e partilhá-la de formas diversase únicas. Temos, assim, a literatura, o fado, a gastronomia, … Somos um povoque vive de criatividade, que sente intensamente e não descuida de o mostrar,sendo alegria, tristeza ou descontentamento.
           Receio, no entanto, que estaimpulsividade emocional, a certo ponto, nos prejudique. Não controlamos bem asnossas emoções. Vivemos aqueles momentos, agimos de acordo com eles e… já está!Digo que sentimos e agimos impulsivamente sem sequer pensar no futuro, nasconsequências que o ato pode trazer. E isto poderá explicar a forma comoPortugal consegue repentinamente passar do tempo de prosperidade para o completodesespero e aflição. A solução seria marcar a eternidade, vivendo a aventura,procurando o sucesso, sem nunca perder a noção de moderação. Assim, a pátriasonhada poder-se-ia concretizar. A solução seria Pessoa, Caeiro, Campos e Reis…
           Mesmo assim tenho orgulho em ser dePortugal. “A pele que tenho éa pele que sou”, nasci em Portugal, vivo em Portugal e sempre serei portuguesa,com defeitos e qualidades. E, se alguém procura uma nação perfeita, procura oimpossível. Devemos viver onde estamos bem, e eu estou bem em Portugal.

Diários de Escrita, por Alice Loureiro, 12º A


Serportuguês tem múltiplos e diferentes significados para cada um de nós. Para uns,é bom, para outros, mau. Pessoa mostra o que é ser português e o que deve serportuguês, o que deve marcar e marca o povo deste pequeno recanto da Europa. Nasua perspetiva e na de seus heterónimos, Fernando Pessoa expõe aquilo que achaque faz Portugal e os portugueses.
ComCaeiro sentimo-nos eternos, mas quem nos diz que não o poderemos ser? Bastamarcar a eternidade como o próprio Pessoa fez com os seus poemas. Com Campostransformamos o quotidiano em aventura, “aventura labiríntica”, em que omoderno, novo e desafiador nos provoca para a ação - uma coisa que ultimamentepouco se vê – que nos excita, exalta e entusiasma para viver a aventura edesfrutar a sensação de vitória e sucesso. Com Reis desfrutamos o presente, omomento. Vivemos as coisas boas, fugimos à dor. Por isso o fado não é umacanção triste, simplesmente é “a tristeza feita verbo”. Com a Mensagem imaginamos aquilo que,infelizmente, não fomos, mas com a esperança de um dia virmos a ser.
Portugalfoi protagonista de grandes feitos e admiráveis conquistas, mas também passoupor momentos menos bons. Pessoalmente,acho que nós somos um povo dotado de uma cultura riquíssima, isto porque somosum povo criativo, que gosta de viver a emoção e partilhá-la de formas diversase únicas. Temos, assim, a literatura, o fado, a gastronomia, … Somos um povoque vive de criatividade, que sente intensamente e não descuida de o mostrar,sendo alegria, tristeza ou descontentamento.
           Receio, no entanto, que estaimpulsividade emocional, a certo ponto, nos prejudique. Não controlamos bem asnossas emoções. Vivemos aqueles momentos, agimos de acordo com eles e… já está!Digo que sentimos e agimos impulsivamente sem sequer pensar no futuro, nasconsequências que o ato pode trazer. E isto poderá explicar a forma comoPortugal consegue repentinamente passar do tempo de prosperidade para o completodesespero e aflição. A solução seria marcar a eternidade, vivendo a aventura,procurando o sucesso, sem nunca perder a noção de moderação. Assim, a pátriasonhada poder-se-ia concretizar. A solução seria Pessoa, Caeiro, Campos e Reis…
           Mesmo assim tenho orgulho em ser dePortugal. “A pele que tenho éa pele que sou”, nasci em Portugal, vivo em Portugal e sempre serei portuguesa,com defeitos e qualidades. E, se alguém procura uma nação perfeita, procura oimpossível. Devemos viver onde estamos bem, e eu estou bem em Portugal.