Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Beaf - Biblioteca Escolar António Ferraz

"Ler engrandece a alma!" [Voltaire]

Chá de Livros 2010-04-21

Mais um momento de grandes emoções vivido na nossa biblioteca. Envolvemo-nos nos aromas do Chá de Livros, ouvindo um texto original da Professora Helena Trigueiros. Os nosso bolos fizeram honras aos nossos amigos, os Livros. À nossa volta, livros usados esperavam a vinda dos seus futuros donos. Mais ao lado, a exposição dos velhos Anciãos, livros do início do Séc. XVII, autênticas relíquias que despertam a curiosidade de todos os visitantes.

O carrinho de chá
Aos domingos, a porta de castanho da sala abria-se, de par em par. Deslizava um carrinho de chá, com abas redondas, coberto com uma toalha de linho branca, bordada a cheio, com flores azuis e amarelas. As chávenas azuis de porcelana da Vista Alegre, saiam do louceiro pelas mãos de uma das filhas que, invariavelmente, em forno bem quente, torrava fatias de pão com manteiga, no pyrex quadrado.
Na sala da casa velha, o chá amenizava o frio que teimosamente se agarrava às paredes de pedra. Ao centro, a Mãe sorria. Era ela que sempre enchia as finas chávenas, distribuía bolachas amanteigadas e fidalguinhos da Colonial. Primeiro a Sogra, que agradecia o gesto com uma infinita gratidão no olhar, depois os mais pequenos que pediam com uma mão e logo adiantavam a outra.
Havia sempre alguém que se sentava nos banquinhos de pedra da janela de guilhotina. O vapor do chá destilava a humidade das cortinas de folhinhos, pacientemente cosidos, em ponto de beijinho. Era sempre chá preto, ao qual se acrescentava água fervida para não ser demasiado forte.
Ao domingo não se trabalhava, todos sabiam que era pecado… nem tricot, nem bordado a bastidor, apenas era permitido tratar dos animais da quinta nas suas necessidades mais básicas. Depois do filme, na RTP, tomava-se chá, falava-se da semana que findava, das notícias que chegavam da família e dos artigos do Expresso. As crónicas do Vasco Pulido Valente e do Miguel Esteves Cardoso eram as mais comentadas. Mais tarde, havia também o semanário O Independente, que sempre vinha à baila, pelos mais à direita.
Todos os domingos, a casa grande ficava ainda mais cheia, preenchendo assim os espaços para que estava destinada. Vinham os tios e os primos da família comer um bolinho, feito na véspera, com ovos caseiros…para o chá. Se ela pudesse teria registado o momento em que o carrinho de chá terminava a sua missão. Guiado ao seu local de origem, bem mais leve e sem a chiadeira inicial, esperava outros momentos em que o chá, para além de aquecer a alma de cada um, elevava o espírito numa troca de ideias, sempre contundente, mas profícua para todos.
Um domingo ao fazer chá, alguém lhe lembrou o pyrex , as torradas e o carrinho que acompanhavam o chá da casa velha. A menina, agora Mãe, encheu as chávenas, distribuiu torradas e bolachas amanteigadas pelos seus, num inconsciente compromisso com o passado que, nela, sempre se há-de repetir.
O carrinho de chá, de abas redondas, não deixara nunca de carregar, sob a toalha de malmequeres, a memória da hora do chá, ao domingo, na casa grande.

Maria Helena Trigueiros Reis: Professora de Filosofia da Escola Secundária de Barcelinhos


Chá de Livros 2010-04-21

Mais um momento de grandes emoções vivido na nossa biblioteca. Envolvemo-nos nos aromas do Chá de Livros, ouvindo um texto original da Professora Helena Trigueiros. Os nosso bolos fizeram honras aos nossos amigos, os Livros. À nossa volta, livros usados esperavam a vinda dos seus futuros donos. Mais ao lado, a exposição dos velhos Anciãos, livros do início do Séc. XVII, autênticas relíquias que despertam a curiosidade de todos os visitantes.

O carrinho de chá
Aos domingos, a porta de castanho da sala abria-se, de par em par. Deslizava um carrinho de chá, com abas redondas, coberto com uma toalha de linho branca, bordada a cheio, com flores azuis e amarelas. As chávenas azuis de porcelana da Vista Alegre, saiam do louceiro pelas mãos de uma das filhas que, invariavelmente, em forno bem quente, torrava fatias de pão com manteiga, no pyrex quadrado.
Na sala da casa velha, o chá amenizava o frio que teimosamente se agarrava às paredes de pedra. Ao centro, a Mãe sorria. Era ela que sempre enchia as finas chávenas, distribuía bolachas amanteigadas e fidalguinhos da Colonial. Primeiro a Sogra, que agradecia o gesto com uma infinita gratidão no olhar, depois os mais pequenos que pediam com uma mão e logo adiantavam a outra.
Havia sempre alguém que se sentava nos banquinhos de pedra da janela de guilhotina. O vapor do chá destilava a humidade das cortinas de folhinhos, pacientemente cosidos, em ponto de beijinho. Era sempre chá preto, ao qual se acrescentava água fervida para não ser demasiado forte.
Ao domingo não se trabalhava, todos sabiam que era pecado… nem tricot, nem bordado a bastidor, apenas era permitido tratar dos animais da quinta nas suas necessidades mais básicas. Depois do filme, na RTP, tomava-se chá, falava-se da semana que findava, das notícias que chegavam da família e dos artigos do Expresso. As crónicas do Vasco Pulido Valente e do Miguel Esteves Cardoso eram as mais comentadas. Mais tarde, havia também o semanário O Independente, que sempre vinha à baila, pelos mais à direita.
Todos os domingos, a casa grande ficava ainda mais cheia, preenchendo assim os espaços para que estava destinada. Vinham os tios e os primos da família comer um bolinho, feito na véspera, com ovos caseiros…para o chá. Se ela pudesse teria registado o momento em que o carrinho de chá terminava a sua missão. Guiado ao seu local de origem, bem mais leve e sem a chiadeira inicial, esperava outros momentos em que o chá, para além de aquecer a alma de cada um, elevava o espírito numa troca de ideias, sempre contundente, mas profícua para todos.
Um domingo ao fazer chá, alguém lhe lembrou o pyrex , as torradas e o carrinho que acompanhavam o chá da casa velha. A menina, agora Mãe, encheu as chávenas, distribuiu torradas e bolachas amanteigadas pelos seus, num inconsciente compromisso com o passado que, nela, sempre se há-de repetir.
O carrinho de chá, de abas redondas, não deixara nunca de carregar, sob a toalha de malmequeres, a memória da hora do chá, ao domingo, na casa grande.

Maria Helena Trigueiros Reis: Professora de Filosofia da Escola Secundária de Barcelinhos


Dia 23 de Abril - Dia Mundial do Livro

O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia faleceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare. A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo. Em 2010, a DGLB vai articular esta data com o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Para tal, concebeu uma campanha intitulada "Um livro faz-me mais rico" , em articulação com as Bibliotecas Municipais. Os cartazes que assinalam as duas efemérides são da autoria do ilustrador José Manuel Saraiva. A Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, o Plano Nacional de Leitura, o Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, o Instituto Franco-Português e o Goethe Institut associaram-se ao cartaz do Dia Mundial do Livro. (DGLB)

21 de Abril, 4ª Feira,
às 14,30 horas
Ateliê de Escrita/Leitura
Formadora: Elsa Serra
8º ano, turma A

Chá de Livros


Dia 23 de Abril
DESAFIO
Tesouro escondido
CAÇA AO LIVRO



Dramatização da tradição catalã - 'uma rosa por um livro'

7ºano, turma B


Feira do Livro Usado

Dia 23 de Abril - Dia Mundial do Livro

O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia faleceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare. A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo. Em 2010, a DGLB vai articular esta data com o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Para tal, concebeu uma campanha intitulada "Um livro faz-me mais rico" , em articulação com as Bibliotecas Municipais. Os cartazes que assinalam as duas efemérides são da autoria do ilustrador José Manuel Saraiva. A Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, o Plano Nacional de Leitura, o Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, o Instituto Franco-Português e o Goethe Institut associaram-se ao cartaz do Dia Mundial do Livro. (DGLB)

21 de Abril, 4ª Feira,
às 14,30 horas
Ateliê de Escrita/Leitura
Formadora: Elsa Serra
8º ano, turma A

Chá de Livros


Dia 23 de Abril
DESAFIO
Tesouro escondido
CAÇA AO LIVRO



Dramatização da tradição catalã - 'uma rosa por um livro'

7ºano, turma B


Feira do Livro Usado

Carlos Teixo na Semana da Leitura

Carlos Teixo na Semana da Leitura promovida pela nossa Biblioteca O autor "nasceu em Trás-os-Montes, Vila Real, em 1970. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professor do Ensino Secundário, tem na escrita, desde sempre, um refúgio e uma forma de sublimação. Além da obra didáctica "Uma Leitura de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá da Porto Editora, é autor de vários contos,publicados em revistas e jornais escolares, destacando-se "Voarei ao Cair da Tarde", conto que integrou uma instalação artística da exposição colectiva - Fabricarte -, com a qual foi inaugurada, ao público, a Fundação José Rodrigues, no Porto, em Junho de 2008" (in http://carlosteixo.blogspot.com )
Os alunos ouviram falar sobre o livro Até à próxima lua, mon amour, de Carlos Teixo, e do percurso deste escritor. No final, houve lugar para algumas questões e uma sessão de autógrafos.

Carlos Teixo na Semana da Leitura

Carlos Teixo na Semana da Leitura promovida pela nossa Biblioteca O autor "nasceu em Trás-os-Montes, Vila Real, em 1970. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professor do Ensino Secundário, tem na escrita, desde sempre, um refúgio e uma forma de sublimação. Além da obra didáctica "Uma Leitura de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá da Porto Editora, é autor de vários contos,publicados em revistas e jornais escolares, destacando-se "Voarei ao Cair da Tarde", conto que integrou uma instalação artística da exposição colectiva - Fabricarte -, com a qual foi inaugurada, ao público, a Fundação José Rodrigues, no Porto, em Junho de 2008" (in http://carlosteixo.blogspot.com )
Os alunos ouviram falar sobre o livro Até à próxima lua, mon amour, de Carlos Teixo, e do percurso deste escritor. No final, houve lugar para algumas questões e uma sessão de autógrafos.

Pág. 1/2