10º Chá de Livros 2009-01-28 “Chá de poesias” Preparei um chá para você, na minha chaleira de poesias, Juntei pedaços de maçãs e canela, Que diluem a saudade e a dor... Beberá assim meus versos, Adocicado com amor e amizade, Com sabor de felicidades e aroma, Colorido como o arco-íris... Escolha onde quer sentar-se, pois eu irei acompanhá-la... Durante o chá falaremos, Da nossa infância e de outras, Tantas lembranças boas. P’ra acompanhar o chá amistoso, Preparei sonhos recheados com O doce mais carinhoso que encontrei, E pincelado com pó de estrelas... (Graciela da Cunha e Valquíria Cordeiro)
10º Chá de Livros 2009-01-28 “Chá de poesias” Preparei um chá para você, na minha chaleira de poesias, Juntei pedaços de maçãs e canela, Que diluem a saudade e a dor... Beberá assim meus versos, Adocicado com amor e amizade, Com sabor de felicidades e aroma, Colorido como o arco-íris... Escolha onde quer sentar-se, pois eu irei acompanhá-la... Durante o chá falaremos, Da nossa infância e de outras, Tantas lembranças boas. P’ra acompanhar o chá amistoso, Preparei sonhos recheados com O doce mais carinhoso que encontrei, E pincelado com pó de estrelas... (Graciela da Cunha e Valquíria Cordeiro)
No dia 27 de Fevereiro, a nossa comunidade educativa terá oportunidade de viver momentos de encontro com a a música, a dança, a Poesia, com a participação de alunos, professores, funcionários, pais e convidados.
Esperamos que sejam momentos de partilha e de convívio entre todos.
Brevemente daremos a conhecer o Programa e contamos com a presença de todos!
A Poesia esteve na nossa escola: Ana Salomé visitou-nos. E, não bastasse o que nos ofereceu, ainda escreveu isto no seu blogue http://www.cicio.blogspot.com/ «Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008 Poesia & Paris Hoje tive um dia muito bonito, mas muito intenso, na Escola de Barcelinhos, a convite de Aida Lemos, que foi também minha professora na Universidade, e que me fez sentir, como sempre, em casa, para falar de poesia com os alunos, apresentar-lhes as Odes, e moderar um pequeno concurso de versos em linha (ideia que retirei da iniciativa que decorre na Centésima Página). Ganhou a Cláudia que tinha uma irmã gémea. Receberam-me, mais uma vez, com o coração aberto. É a segunda vez que vou à escola. Fiquei muito comovida com os olhares atentos e doces, com o espanto, com a cara de alegria dos miúdos todos cheio de estilo por descobrirem que conseguiam escrever um verso sobre a palavra favorita deles, com a predisposição para conversarem sobre poesia (citei Pavese, Mário Dionísio, Eduardo Lourenço, Al Berto, Hugo von Hofmannsthal, Henrique Fialho, etc.) e ouvirem-na, com as leituras que prepararam dando-lhes uma respiração nova para mim, com os comentários que teceram, com a generosidade dos sorrisos e da flor artesanal que me ofereceram com as minhas iniciais bordadas, com a presença repetida das meninas lindas do 12ºF na parte da tarde, com a ajuda do Bruno, a simpatia da bibliotecária, a amabilidade dos professores e dos estagiários, com o ramo radioso de girassóis, com o coração parado a ouvirem o Mário Viegas a encantar um poema, com os olhe aqui um poema que fiz sobre si agora mesmo, com os livros apertados nas mãos, com os cadernos à espera do nome e do xi-coração, com a vontade de chegarem a casa e terem sentido que hoje valeu a pena para um amanhã. Fico com uma enorme esperança no mundo ao ver como é possível fazer acontecer poesia nas escolas como se estivéssemos todos sentados numa praia a contemplar um mar de azeite ou uma laranja a levitar na mão de um homem com cabeça de vidro. Hoje à noite, depois do jantar, vou finalmente a Paris comer pipocas. Tenho de me despachar a comer a sopa.» Retirado do blogue do CLP http://www.clp-esb.blogspot.com/
A Poesia esteve na nossa escola: Ana Salomé visitou-nos. E, não bastasse o que nos ofereceu, ainda escreveu isto no seu blogue http://www.cicio.blogspot.com/ «Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008 Poesia & Paris Hoje tive um dia muito bonito, mas muito intenso, na Escola de Barcelinhos, a convite de Aida Lemos, que foi também minha professora na Universidade, e que me fez sentir, como sempre, em casa, para falar de poesia com os alunos, apresentar-lhes as Odes, e moderar um pequeno concurso de versos em linha (ideia que retirei da iniciativa que decorre na Centésima Página). Ganhou a Cláudia que tinha uma irmã gémea. Receberam-me, mais uma vez, com o coração aberto. É a segunda vez que vou à escola. Fiquei muito comovida com os olhares atentos e doces, com o espanto, com a cara de alegria dos miúdos todos cheio de estilo por descobrirem que conseguiam escrever um verso sobre a palavra favorita deles, com a predisposição para conversarem sobre poesia (citei Pavese, Mário Dionísio, Eduardo Lourenço, Al Berto, Hugo von Hofmannsthal, Henrique Fialho, etc.) e ouvirem-na, com as leituras que prepararam dando-lhes uma respiração nova para mim, com os comentários que teceram, com a generosidade dos sorrisos e da flor artesanal que me ofereceram com as minhas iniciais bordadas, com a presença repetida das meninas lindas do 12ºF na parte da tarde, com a ajuda do Bruno, a simpatia da bibliotecária, a amabilidade dos professores e dos estagiários, com o ramo radioso de girassóis, com o coração parado a ouvirem o Mário Viegas a encantar um poema, com os olhe aqui um poema que fiz sobre si agora mesmo, com os livros apertados nas mãos, com os cadernos à espera do nome e do xi-coração, com a vontade de chegarem a casa e terem sentido que hoje valeu a pena para um amanhã. Fico com uma enorme esperança no mundo ao ver como é possível fazer acontecer poesia nas escolas como se estivéssemos todos sentados numa praia a contemplar um mar de azeite ou uma laranja a levitar na mão de um homem com cabeça de vidro. Hoje à noite, depois do jantar, vou finalmente a Paris comer pipocas. Tenho de me despachar a comer a sopa.» Retirado do blogue do CLP http://www.clp-esb.blogspot.com/
O que mais gosto em estar sentada num café são os olhos claros de todos os objectos que me olham com compreensão – não aquela que é feita de palavras, mas de um outro entendimento que não sei dizer. Aqueles olhos claros, sem fumo, que todos os objectos queridos têm. As chávenas de café brancas, os cinzeiros, a colher cintilante, o pacote de açúcar, as crianças dos outros, o avental da menina que nos vem perguntar tão delicadamente “o que deseja?”. Oh, o que eu desejo…(Ana Salomé)
8º Chá de Livros 2009-01-14 VEM TOMAR CHÁ COMIGO A noite é fria,
Vem tomar chá comigo!
Solidão é uma agonia,
Faço da saudade meu abrigo. Vem! Preciso de alguém,
Estou só no meu abandono,
Eu grito, e ninguém responde; ninguém!
Fico na cama rolando sem sono. Á como dói a solidão!
Que falta faz um peito para abrigo,
Anda segura minha mão,
Vem tomar chá comigo! Tem mel, biscoitinhos amanteigados,
Torradinhas e chás dos mais variados,
Tem um corpo faminto de ser amado,
Vem tomar chá comigo, vem fica a meu lado!(Ubirajara)
O que mais gosto em estar sentada num café são os olhos claros de todos os objectos que me olham com compreensão – não aquela que é feita de palavras, mas de um outro entendimento que não sei dizer. Aqueles olhos claros, sem fumo, que todos os objectos queridos têm. As chávenas de café brancas, os cinzeiros, a colher cintilante, o pacote de açúcar, as crianças dos outros, o avental da menina que nos vem perguntar tão delicadamente “o que deseja?”. Oh, o que eu desejo…(Ana Salomé)
8º Chá de Livros 2009-01-14 VEM TOMAR CHÁ COMIGO A noite é fria,
Vem tomar chá comigo!
Solidão é uma agonia,
Faço da saudade meu abrigo. Vem! Preciso de alguém,
Estou só no meu abandono,
Eu grito, e ninguém responde; ninguém!
Fico na cama rolando sem sono. Á como dói a solidão!
Que falta faz um peito para abrigo,
Anda segura minha mão,
Vem tomar chá comigo! Tem mel, biscoitinhos amanteigados,
Torradinhas e chás dos mais variados,
Tem um corpo faminto de ser amado,
Vem tomar chá comigo, vem fica a meu lado!(Ubirajara)