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Sociedade
Paro no tempo e questiono, faço perguntas! Quem me visse assim pensaria que eu sou uma doida e que precisava de um plano médico, pois ninguém faz perguntas para o “ar”. Mas o que eu pretendia era mesmo não receber resposta, mas sim ações que me fizessem entender que ainda há solidariedade entre as pessoas, há respeito por entre as diferenças. O que eu queria era ver atos que me elucidassem de que a humanidade está unida. A mim, nem a ninguém devia afetar a opinião do outro, desde que essa fosse negativa. Todos nós gostamos de receber elogios e de ser pessoas queridas pelos outros, ser apreciadas e, acima de tudo, valorizadas. Não gosto que as pessoas restrinjam outras porque não gostam, mas que as mesmas aprendam a ver as qualidades das outras. Um ser pode ter inúmeros defeitos, mas tem de certeza grandes qualidades. E podem apontá-lo e discriminá-lo sem saberem que ele possui grandes qualidades. Não compreendo porquê que as pessoas julgam outras sem as conhecerem, e ainda praticarem injustiças sobre ela. Eu não sou perfeita nem algo que se pareça, por isso, tento corrigir todos os meus erros e não ser explosiva, mas sim escolher as palavras que digo para não magoar o outro. No entanto, às vezes gostava de ser um ser melhor. Será que as pessoas que revelam discriminação, xenofobia…não gostam de si próprias, estão revoltadas com a sua vida e sentem-se inferiores em relação a algo? Enfim, lá terão as suas razões, mas nada é motivo para a discriminação. É, sem dúvida, um dos problemas da nossa sociedade. Talvez se as pessoas refletissem sobre aquilo que fazem pudessem corrigir os seus erros.
Diários de escrita, por Sónia Santos
Diários de escrita, por Sónia Santos